Há um ano e três meses o casal de dentistas Carlos Justo, 43 anos, e Karin Ermel, 32, deixou a cidade grande para atender à população da Ilha do Mel. Ontem o casal retornou a Curitiba para divulgar o trabalho realizado e pedir o apoio de entidades privadas e do governo, durante o I Meeting de Estética e Adesão em Odontologia do Paraná, que prossegue hoje no Hotel Bourbon.
Com o projeto Melzinho na Chupeta, o casal atendeu 227 adultos e 124 crianças no ano passado, realizou 461 raios-x, 1.550 faces de restauração, 320 extrações, 95 tratamentos de canal, que custariam R$ 177 mil, segundo a tabela para referência da Associação Brasileira de Odontologia. “Vivemos de escambo e ?vaquinha? dos moradores”, conta Justo, que fundou em 2000 a ong Balb (Bombinhas Ação Laços e Braços). O apoio do Juizado Especial e Conselho Regional de Odontologia contribui. O assinante do jornal O Estado do Paraná também faz a sua parte, bastando informar, no ato da assinatura, que quer destinar parte do dinheiro para o casal de dentistas. O assinante não paga mais por isso.
Karin Erme conta que resolveu abraçar a causa quando estava prestes a abandonar a profissão. “Eu me sentia frustrada, porque ganhava às custas de doenças alheias. Foi quando eu conheci o Carlos”, lembrou.