Além de transpor os obstáculos do dia-a-dia, a meta agora é vencer as barreiras naturais e ter um filho. É isso que deseja o casal de anões Douglas e Cláudia Maister Breger da Silva. Cláudia, com 34 anos, 92,5 centímetros de altura e 26 quilos, sonha em engravidar assim que o casal tiver condições financeiras para sustentar o bebê. No entanto, os obstáculos da Medicina podem fazer com que a vontade não se concretize. Neste caso, a adoção pode ser a solução mais viável.
A idéia começou em meados de 2003, quando o casal procurou o setor de genética humana do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). ?Queríamos saber como seria, pois nossos familiares são todos grandes. A Cláudia pode agüentar se a gravidez for de sete meses?, contou, com otimismo, Douglas, que tem 89,5 centímetros de altura. ?Por dois anos fizemos uma série de exames?, completou.
Douglas afirmou que o grande problema hoje é financeiro. Cláudia é costureira e bordadeira, mas não tem renda fixa. Já Douglas é designer autônomo.
?Biologicamente os dois são normais. Mas do ponto de vista anatômico, creio que ela não teria condições de gestar. O receptáculo uterino e a bacia dela são menores?, explicou o médico geneticista do HC e professor de Medicina Genética da UFPR, que trata do casal, Rui Fernando Pilotto. Mas o médico ressaltou que ainda não foi estabelecido o diagnóstico completo do casal.