Os trabalhadores dos Correios fizeram uma mobilização na manhã desta segunda-feira (03) em frente à sede da empresa na rua Conselheiro Laurindo, no Centro, com parte das ações do movimento de greve iniciado na quinta-feira (30). O principal pedido da categoria é para que o serviço médico utilizado pelos funcionários não seja repassado para a iniciativa privada. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR), atualmente o plano de saúde é gerido pelos próprios Correios, entretanto, existe a expectativa de que as atividades passem a realizadas pela Portal Saúde, uma empresa terceirizada.
A queixa dos trabalhadores é que haverá a cobrança de mensalidade e também de taxas em caso de consultas e exames. Essa mudança estaria descumprindo um acordo firmado entre os Correios e os Sintcom-PR. A entidade que representa os trabalhares disse que a mobilização desta sexta ocorreu também em solidariedade aos trabalhadores estaduais da saúde, que realizaram manifestação em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
Não seria bem assim
Os Correios, por meio de sua assessoria de imprensa, informaram que a mudança do Correio Saúde para o Portal Saúde é, na verdade, uma adequação às novas normas da Agência Nacional de Saúde (ANS) e reiterou que não haverá cobrança extra de taxas para os funcionários.
Para a empresa, não existe desacordo em relação ao que foi firmado em reuniões anteriores, já havia se comprometido a continuar beneficiando dependentes dos funcionários e a manter o mesmo número de funcionários atendidos pelo convênio.
Adesão
Apesar da manifestação, os Correios afirmam que a greve não estaria prejudicando os serviços de captação, entrega e distribuição. Segundo uma estimativa da empresa, somente 5,5 % dos funcionários teriam aderido ao movimento, gerando pequenos casos isolados de falta de pessoal para a execução das atividades.
Já o Sintcom-PR acredita que a adesão foi algo entre 60% e 70%, mas não soube informar se os trabalhos são prejudicados pelos piquetes. Até o momento, não há novas mobilizações previstas.
Marco André Lima |
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Correios afirmam que não haverá nenhum cobrança extra. |