Trabalhadores dos Correios do Paraná estão em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleias realizadas na noite de ontem em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel. Nas reuniões, os carteiros rejeitaram a proposta apresentada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) para fechar o acordo coletivo deste ano. Os 30 sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos (Fentect) devem parar as atividades no País.
“Nossa pauta é bem pé no chão. Não estamos pedindo nada de absurdo”, diz o diretor de comunicação e imprensa do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Wilson Dombroski. A categoria pede reposição da inflação nos últimos 12 meses mais ganho real de 15% no salário, R$ 200 de aumento linear e manutenção do plano de saúde da estatal. O salário-base dos funcionários dos Correios hoje é de R$ 1.004.
Proposta
A empresa oferece 8% de reajuste salarial e 6,27% nos demais benefícios, como vale-alimentação, por exemplo. “Não discute plano de saúde nem fala do reajuste linear”, critica Dombroski. “A proposta foi rejeitada porque não atende as reivindicações mínimas dos trabalhadores.
Negociamos por mais de 30 dias e não houve avanços. Além disso, a empresa não discutiu toda a nossa pauta”, argumenta.
Durante a paralisação, será mantido apenas o percentual mínimo de 30% do efetivo, como exige a Lei Geral de Greve, porque o serviço é considerado essencial. “Faremos greve aberta, sem fechar nenhuma unidade, para que a decisão de parar seja dos trabalhadores. Acreditamos na grande adesão”, aponta o diretor sindical.