Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) do Paraná aderiram em massa à paralisação de 24 horas promovida pela categoria ontem em todo o País. Pela manhã, cerca de 500 trabalhadores participaram de uma passeata pelo centro de Curitiba, para chamar a atenção da população sobre o déficit de funcionários nos Correios.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), o objetivo da mobilização é mostrar à população os motivos de as correspondências não chegarem a tempo aos usuários. Segundo o secretário-geral do Sintcom-PR, Nilson Rodrigues dos Santos, o atraso das entregas chega, em alguns casos, a 20 dias.
O secretário do Sintcom-PR ressalta que o ECT no Paraná conta hoje com 6.324 servidores. No entanto, ele alega que deveriam haver pelo menos mais 600 servidores. “Em todo o País, o déficit é de 6 mil funcionários. É importante que a população compreenda que a falta de efetivo faz com que trabalhadores não consigam dar conta da demanda de trabalho”, lamenta.
A categoria também questiona a medida provisória, que poderia transformar a ECT em “Correios do Brasil S/A”, o que, segundo os trabalhadores, seria o primeiro passo para a privatização. “As empresas privadas vão querer o “filé mignon’, que são as entregas rápidas e os grandes malotes, enquanto que os serviços prestados para o cidadão comum poderiam ficar prejudicado”, afirma. Além disso, Santos revela que o sindicato teme a demissão de metade do quadro de servidores.
Os trabalhadores também exigem que a divisão da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) seja revista.
