Carteiros de Araucária cruzam os braços

Fim da sobrecarga de trabalho e do excesso de horas extras. Com estas reivindicações, carteiros do centro de distribuição domiciliar dos Correios de Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, realizaram ontem um protesto por melhores condições de atividade profissional. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná, dos 33 carteiros de Araucária, onze estão afastados – por aposentadoria decorrente de auxílio doença (3), processos de reabilitação (5), auxílio doença (2) e licença-maternidade (1).

"O grande problema é que os profissionais afastados não são repostos. Desta forma, os que continuam em atividade acabam sobrecarregados, tendo que fazer, além do próprio trabalho, o serviço de quem está em licença", afirma o diretor da secretaria social do sindicato, Jurandir Damião da Silva.

Muitos carteiros que participaram do protesto disseram estar esgotados fisicamente e emocionalmente. É o caso de Everson Luiz Fabres, que há 9 anos trabalha nos Correios. "Sempre houve defasagem de carteiros em Araucária, mas nos últimos anos a situação piorou. Mesmo trabalhando como loucos, não estamos conseguindo dar conta de tudo e por isso a entrega de muitas correspondências acaba atrasando, o que prejudica a população. No final do dia, eu chego em casa extremamente cansado", comenta.

Já a carteira Marilda Stanizewski sente dores constantes nos joelhos, coluna, pernas e pés. Ela conta que, para conseguir entregar todas as correspondências que lhe são encaminhadas, tem deixado de parar para o almoço. "Faz muito tempo que não tiro uma hora de almoço. No final da manhã, como rapidinho, em menos de quinze minutos, e logo volto ao trabalho. Se não fizer isso, não dou conta de meu serviço, pois além de meu setor tenho percorrido outras duas ruas que eram de responsabilidade de uma pessoa que está afastada."

Correios

Logo no início do protesto, os participantes foram encaminhados para conversar com o gerente do Centro de Tratamento de Cartas dos Correios de Curitiba, Dorotey Guadeda. Ele reconheceu que faltam carteiros em Araucária e prometeu que, em breve, parte dos problemas devea ser resolvida. "Vamos realizar o remanejamento de pessoas de outras unidades para a de Araucária", informou, sem precisar quantos trabalhadores serão remanejados.

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