A Urbs ainda não decidiu se aceita a proposta das empresas de transporte coletivo para que os 180 micro-ônibus que rodam com motoristas atuando também como cobradores deixem de aceitar o pagamento da tarifa com dinheiro. A medida garantiria o cumprimento da lei que proíbe a dupla função de motoristas sem trazer gastos extras ao sistema. Nos micro-ônibus a passagem seria cobrada exclusivamente através dos cartões de transporte.
Segundo a Urbs, a sugestão do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) veio após a notificação das empresas para o cumprimento da lei que proíbe os funcionários de acumular as duas funções. A Setransp alega que os gastos para a adequação dos micro-ônibus e a contratação de cobradores seriam muito altos e a saída poderia ser o uso exclusivo do cartão.
O Setransp estima que a readequação dos 180 micro-ônibus chegue a R$ 1,8 milhão. Além disso, seria necessário contratar 500 novos cobradores, ao custo de R$ 1,5 milhão por mês. De acordo com a Urbs, esses gastos aumentariam a tarifa técnica do transporte coletivo em R$ 0,05, mas a gestora do transporte coletivo garante que a tarifa repassada ao cidadão (hoje em R$ 2,85) não será aumentada. A Urbs informou que está fazendo estudo da viabilidade da proposta.
Transtornos
A assessoria de comunicação do Sindimoc declarou que oficialmente ainda não foi informada da situação e por isso não se pronuncia sobre o assunto. Segundo a assessoria, a princípio, o sindicato dos trabalhadores não é a favor da ideia, porque as empresas não podem tirar a liberdade do cidadão de embarcar no ônibus sem ter o cartão. O sindicato declara ainda que os motoristas seguirão tendo transtornos, pois muitas vezes as catracas dos ônibus travam e eles “vão continuar tendo interferência na sua função, que é dirigir”.