A tradicional ida dos representantes das escolas de samba de Ponta Grossa ao Carnaval do Rio de Janeiro deve render bons frutos para a festa do ano que vem na cidade. A visita à Sapucaí no dia do desfile das campeãs teve a participação de membros de sete escolas do município, que trouxeram uma grande quantidade de fantasias doadas e idéias para o Carnaval local.
Essa foi a décima vez que os integrantes participaram da festa no Rio. O presidente da Liga das Escolas de Samba de Ponta Grossa, Antônio Francisco da Silva, garante que o material coletado ajuda na economia e na criatividade dos sambistas. ?Tem escola que consegue transformar uma fantasia em três?, diz.
Silva estima que, depois de um trabalho árduo na área de dispersão do sambódromo, cada escola ponta-grossense tenha conseguido trazer para casa cerca de 40 a 50 fantasias. ?São muitas pessoas tentando coletar o material, que é muito rico?, explica.
Com as fantasias recolhidas lá, o patrocínio dado pela Prefeitura pode ser aproveitado para outros apetrechos da festa. ?E o pessoal também tem a oportunidade de conhecer mais os materiais, aprender como fazer fantasias e a elaborar carros alegóricos. A cidade toda ganha, porque nós vamos mostrar, aqui, o que aprendemos com o Carnaval deles?, afirma.
Antigamente, por exemplo, as escolas de Ponta Grossa não sabiam como confeccionar ombreiros e costeiros (que constituem os enfeites colocados nas costas), além de esplendores (colocados sobre a cabeça). ?Hoje, já sabemos como fazer isso, graças às doações?, garante Antônio Silva.
Os R$ 10 mil disponibilizados pela Prefeitura para a ida dos integrantes, para a secretária municipal de Cultura, Elizabete Schmidt, são bem empregados. ?O valor do que é recolhido lá supera em muito este patrocínio, além da troca de experiências.? Segundo ela, a visita também iniciou negociações para viabilizar, ao longo do ano, a realização de oficinas de bateria, fantasias e adereços aos sambistas de Ponta Grossa, a serem ministradas pelos cariocas.
