Capital antecipa medidas que o MEC vai implantar

O Ministério da Educação estuda a ampliação do Ensino Fundamental de 8 para 9 anos. Os alunos entrariam obrigatoriamente um ano mais cedo no sistema, cursando a pré-escola. Curitiba já trabalha com essa filosofia desde 1997 e, em 2002, passou a atender toda a demanda. Segundo a diretora do Ensino Fundamental, Vera Helena Vannier Corrêa, os resultados têm sido positivos. Os alunos obtêm mais sucesso no processo de alfabetização, pois têm mais tempo para aprender.

Em 1997, Curitiba tinha 3.706 alunos matriculados na pré-escola, agora chamada de etapa inicial. Hoje são 17.287 crianças. Vera Helena vê com bons olhos a medida do governo e explica que ela vai contribuir significativamente no processo de alfabetização. Segundo ela, Ensino Fundamental, na etapa inicial as crianças começam a ter um contato mais significativo com as letras. “Percebem a diferença da forma e dos sons. A ter noção de que para escrever é preciso agrupá-las de formas diferentes”, explica. No entanto, se ela entra direto na primeira série, vai ter que assimilar todos esses conceitos e ainda estar alfabetizada no fim do ano.

Para Vera Helena, a mudança vai ajudar a diminuir a evasão escolar e evitar a baixa na auto-estima dos alunos e do próprio professor. Muitas vezes, o educador se sente culpado por não ter conseguido alfabetizar a criança em um ano. Já o dinheiro ela prevê que deve vir de programas do governo federal e também do próprio município.

Avalição do ensino

O MEC também pensa em realizar mudanças no Sistema de Avaliação do Ensino Básico (Saeb). Hoje é feito por amostragem. A idéia, a partir de agora, é avaliar todos os alunos. Vera Helena também aprova a mudança. Ela diz que muitas vezes a avaliação pulverizada pode mascarar a realidade. “Se os alunos de uma região carente vão mal, chega-se a conclusão que as causas do problema são os fatores externos. Mas podem estar no processo de ensino aprendizagem dentro de determinada unidade. É preciso comparar o trabalho entre as escolas da região”, fala.

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