A Polícia Militar do Paraná (PMPR) iniciou treinamentos para oferecer sessões de cinoterapia, uma modalidade de Terapia Assistida por Animais voltada ao apoio de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O primeiro cão em treinamento é o Balu, um filhote de Golden Retriever de quatro meses.
O programa é conduzido pela Companhia de Operações com Cães (CIOC) e será implantado em duas fases. Na primeira, o policial condutor e o cão acompanham atendimentos em clínicas e instituições especializadas, atuando como apoio às terapias já em andamento. A segunda etapa prevê a estruturação de um espaço próprio na sede da CIOC para receber as crianças e realizar as atividades terapêuticas no local.
O objetivo do projeto é que o cão seja um ponto de estabilidade para as crianças. Entre os benefícios desta terapia, está a redução dos níveis de estresse, a facilitação da interação social e o estímulo do desenvolvimento motor e cognitivo.
Como é o treinamento?
Balu foi escolhido por ser de uma raça naturalmente dócil e amplamente reconhecida pelo sucesso em terapias assistidas. O filhote foi doado por um canil parceiro em Curitiba e, atualmente, passa por um período de formação e adaptação.
Na idade atual, o animal está sendo treinado para reconhecer e lidar com diferentes estímulos. “Esse é o momento em que tentamos apresentar o máximo de estímulos para ele, para que, ao chegar na fase jovem e adulta, ele não estranhe, não tenha medo e não seja um cão reativo”, explica a 1º tenente Mikaela Esmanhoto.
As interações com crianças já começaram, de forma controlada, para garantir sua adaptação ao ambiente terapêutico. A expectativa é de que, até o final de 2024 ou início de 2025, Balu esteja apto a atuar diretamente nas sessões. Nos próximos meses, ele ainda passará por adestramento básico, com comandos como sentar, deitar e obedecer a instruções específicas.
PMPR já utiliza outras terapias com animais
Além da cinoterapia, a PMPR mantém o Centro de Equoterapia do Regimento de Polícia Montada (RPMon), voltado ao desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência. A prática utiliza cavalos em sessões terapêuticas para estimular habilidades físicas, cognitivas e emocionais.
O centro atende gratuitamente crianças e adultos com paralisia cerebral, Síndrome de Down, TEA, hiperatividade, AVC, entre outras condições. A equipe é formada por profissionais de Educação Física, Fisioterapia, Pedagogia e Equitação.
Desde sua criação, em 1991, o centro, localizado no Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio, já atendeu mais de 5 mil pessoas. Interessados podem fazer cadastro para triagem pelo WhatsApp: (41) 3315-2771.
