Caos em aeroportos se transforma em rotina

Aeroporto movimentado, salas de embarque lotadas, passageiros cheios de malas e filas para todos os lados. Se não tomar cuidado, a tão sonhada viagem de férias se torna um pesadelo de tanto incômodo e estresse. Para evitar isto e ainda colaborar com a viagem dos outros, basta colocar em prática algumas regras de etiqueta. Sim, etiqueta não é apenas para refeições chiques ou para ocasiões especiais. O comportamento de cada passageiro pode fazer a diferença em uma viagem.

A evolução econômica de muitas famílias brasileiras está “engordando” o mercado do turismo e, por isto, são vistos com frequência nos aeroportos os passageiros de primeira viagem. Ou aqueles que estão conseguindo viajar pela primeira vez ao exterior. Ou ainda as pessoas que conquistaram uma condição de viajar mais. No entanto, o bom comportamento na hora da viagem vale para todos. Mesmo aqueles com experiência de “voar” bastante também cometem erros.

“O grande problema é invadir o espaço do outro e não respeitar quem também está viajando. Não dá para ficar falando alto em um espaço mais restrito como a sala de embarque e o avião. Tem aqueles que espalham a bagagem e ainda colocam malas nos bancos, que poderiam ser usados por outros passageiros”, revela Silmara Leite Ribeiro, uma das coordenadoras do curso de Etiqueta Social e Corporativa do Centro Europeu.

As primeiras situações que podem causar desconforto são a falta de respeito nas filas e a bagunça de quem está viajando de férias. Hoje em dia, os voos ficam cheios de passageiros que viajam especificamente para trabalho. “Quem está a trabalho normalmente é quem tem menos paciência com o turista, ainda mais o de primeira viagem”, comenta Italo Fantinato, proprietário da agência de turismo AIF e professor do curso de Turismo do Centro Europeu.

Rotina

A correria para fazer o check-in, tentar furar a fila do raio-x ou não respeitar a ordem de prioridades no momento do embarque são fatos rotineiros nos aeroportos. É essencial que o passageiro chegue ao terminal com antecedência, dentro dos parâmetros recomendados pelas companhias aéreas. O tempo extra não serve para ficar nas lojas, tomar café ou passear pelo freeshop. Na hora de comprar um bilhete aéreo, é preciso pensar em todos os imprevistos que podem ocorrer. O horário indicado na passagem é aquele em que o avião deve estar decolando.

Nos voos para destinos dentro do Brasil, o passageiro deve chegar uma hora e meia antes do horário da passagem. Além de filas no check-in, podem ocorrer aglomerações nas filas do raio-x. Nos voos internacionais, a recomendação é chegar no aeroporto e ir direto para o check-in três horas antes do horário previsto para a decolagem. “Para o exterior, é preciso passar pelo raio-x e pela Polícia Federal também, para a verificação dos passaportes”, explica Italo, que ainda lembra que não é permitido viajar com líquidos e outros produtos dentro da bagagem de mão.

Passageiro não gosta de esperar muito tempo entre voos de conexão no aeroporto, mas é necessário um tempo maior para os imprevistos. Quem sai de Curitiba e vai para o Nordeste, por exemplo, normalmente faz conexão (troca de aeronave, para pegar outro voo que dá sequência na viagem) em algum aeroporto, como em São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília. Se o primeiro voo atrasar, ao sair de Curitiba, pode ser que não haja tempo suficiente para embarcar no segundo avião.

Outro problema frequente é a quantidade de bagagem de mão. Muitas vezes há disputa pelo compartimento de bagagem. “É uma questão simples de espaço. Há pessoas que voltam dos Estados Unidos com um urso de pelúcia do tamanho de uma pessoa e querem colocar no compartimento”, exemplifica Silmara. Todas as recomendações valem tamb,ém para quem viaja de ônibus.

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