De acordo com uma estimativa do Ministério da Saúde (MS), no ano passado foram registrados cerca de 115 mil novos casos de câncer de pele, do tipo não melanoma, ou cerca de 18% do total de cânceres contabilizados em 2008.
Diante dessa constatação, o Ministério da Saúde decidiu acatar a proposta do deputado federal paranaense Ratinho Júnior, que prevê a veiculação de campanha de conscientização para os cuidados necessários para se evitar a doença.
As peças de campanha fazem parte do Programa de Prevenção, Combate e Tratamento do Câncer de Pele, de autoria do próprio deputado. O programa prevê a execução de uma série de ações que, segundo o deputado, o ministério acatou no início do ano e deve começar a implantar em pouco tempo.
Para Ratinho Júnior, os números do câncer de pele no Brasil já são alarmantes. “Conversando com a direção do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, fui informado que 50% dos cânceres no Brasil são derivados do câncer de pele”, relata o parlamentar.
O deputado ressalta que para reduzir os números negativos do câncer de pele, é preciso começar pela conscientização da população. “Assim como as mulheres, que há 20 anos sequer se preocupavam em fazer exames de mama e hoje já fazem avaliações periódicas, a ideia é fazer da proteção contra o câncer de pele uma rotina dos brasileiros”, afirma.
Para Ratinho Júnior, é necessário fazer com que o cidadão entenda a importância de aderir a um comportamento que o proteja dessa doença. A campanha deve incentivar o uso de chapéus e protetores solares para trabalhadores cujo expediente o expõe aos raios UV-A e UV-B (nocivos para a pele).
Mesmo com a adesão do MS à sua proposta, o deputado vai além. Ele revela que deve apresentar um projeto que deve obrigar o Ministério da Saúde a criar produtos de proteção genéricos para que as pessoas de baixa renda também possam fazer a prevenção.
Para Ratinho Júnior, além da alta carga tributária sobre os protetores solares, o consumidor paga pela marca das grandes grifes, que agregam valor ao produto. “Muitos têm consciência do perigo da exposição, mas não têm condições de pagar por um produto”, conta.