Mesmo após a conclusão das obras de alargamento das canaletas da Avenida Sete de Setembro, usuários do transporte público reclamam da demora na instalação das estação-tubo Bento Viana, ao lado da Praça do Japão. O problema se repete perto do terminal do Cabral, com a estação Antônio Cavalheiros, na Avenida Paraná. A solução para moradores e trabalhadores que dependem do expresso têm sido caminhar uma boa distância até o ponto mais próximo.
Quem trabalha há anos na região reclama do transtorno que virou pegar um ônibus. “Antes andava apenas algumas quadras e nem sentia tanto. Agora que estou caminhando cinco quadras a mais do meu percurso normal notei como trabalho longe”, conta a cozinheira Kelly Beatriz. Desde o ano passado a história é a mesma para Beatriz. “Lembro que em outubro já estava andando até o tubo Coronel Dulcídio. O ruim mesmo é ter que andar debaixo desse sol forte com esse calor descomunal do verão”, fala.
Para a doméstica Marlene Gonçalves, que já trabalha há 16 anos na região, a caminhada após o expediente têm agravado os problemas de saúde. “Já passo o dia inteiro em pé. Ao longo desses anos isso me trouxe uma dor no joelho que sempre me incomoda quando faço muito esforço. Agora mesmo estou indo para uma consulta médica, pois nesses últimos meses não estou conseguindo aguentar”, explica Gonçalves.
De acordo com a Urbanização de Curitiba (Urbs) a empreiteira Fabsteel, responsável pela instalação dos equipamentos, já recebeu uma notificação extrajudicial por descumprimento de contrato. De acordo com o órgão a empresa se comprometeu a instalar as estações tubo que faltam até o término deste mês. Essas são as últimas estações que restam voltar à ativa, das quinze que foram desativadas para as obras que adaptaram as vias do expresso para receber a nova linha do ligeirão eixo Norte/Sul. Apesar da pista já estar pronta, ainda não existe uma previsão para que o ligeirão comece a funcionar.