Campo Largo preocupada em preservar casarões

A administração municipal de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, está preocupada com a preservação de casarões antigos existentes na região. O município não possui lei de tombamento do patrimônio histórico e tem uma única construção, localizada dentro da área do Museu do Mate (na BR-116), tombada pelos patrimônios Estadual e da União.

Em junho do ano passado, a cidade perdeu uma das mais importantes edificações de sua história, o casarão Puppi, localizado na Praça Atílio Barbosa, onde fica a igreja matriz. No passado, o casarão contribuiu com o desenvolvimento do comércio em Campo Largo. "O casarão era de grande representatividade ao município. Nos finais de ano, abrigava apresentações de um coral de crianças que cantava músicas natalinas. Os proprietários nutriam um grande carinho por ele, mas como não tinham condições financeiras de restaurá-lo, acabaram optando por vendê-lo. Os novos donos o derrubaram e no local foi construída uma loja de sapatos. Foi um grande choque para a população", afirma o assessor de planejamento da Prefeitura de Campo Largo, Dulcimar Rinaldin.

Para que isso não venha a acontecer com outras casas antigas, a Prefeitura deve fundar, dentro dos próximos meses, o Instituto de Pesquisa e Planejamento do Município. O órgão deve tratar da elaboração de um projeto para criação de uma lei de tombamento municipal, que terá de ser aprovada pela Câmara de Vereadores. "A aprovação da lei é fácil. O difícil é obter recursos para a restauração dessas edificações. Teríamos que usar as fundações Cultural e João XXIII para captação de verbas disponíveis através de leis de apoio à cultura, como a Rouanet", diz Dulcimar.

O assessor acredita que a preservação das casas contribuiria não só com a memória e a cultura do município, mas também com o turismo, podendo vir a ser pontos de visitação. "Assim como as trilhas que formam o ciclo do tropeiro, o ciclo do ouro, as propriedades que oferecem turismo rural e a feira da louça, as edificações antigas poderiam ser indutoras do turismo no município", declara.

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