Trazido ilegalmente para o Brasil na década de 80 como alternativa econômica para substituir o escargô (molusco utilizado na culinária francesa), o caramujo-africano está se proliferando rapidamente por todo o litoral paranaense, ameaçando a fauna e a flora silvestres. Por causa disso, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), inicia nos próximos meses uma campanha de erradicação do animal. O caramujo-africano pode transmitir doenças como a angiostrongilíase meningoencefálica humana e angiostrongilíase abdominal. Como é encontrado no meio urbano em locais sujos, com lixo, ele pode transmitir outras doenças mais comuns. ?Depois que chegou ao Brasil, como não foi apreciado na cozinha brasileira, os criadores ilegais foram abandonando as atividades, fazendo com que escapassem para o meio ambiente?, explicou o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues. Devido à falta de um predador natural, o caramujo-africano está se proliferando rapidamente por todo o litoral.

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O chefe do escritório do IAP no litoral, Reginato Bueno, disse que a idéia é unir esforços com as universidades para controlar a reprodução destes moluscos. ?O primeiro passo é capacitar os universitários e moradores que atuarão na campanha. Cada balneário ou região do litoral possui características específicas e devem ser trabalhadas de forma diferenciada?, ressaltou.

O IAP orienta a população que, ao identificar um caramujo em sua residência ou outro local, não toque no molusco sem que as mãos estejam protegidas com luvas ou sacos plásticos. O caramujo também não deve ser jogado em rios ou córregos. 

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