Conscientização

Campanha para cadastrar doadores de medula óssea

Estimular as pessoas a fazerem a doação de medula óssea é o objetivo do evento que será realizado no Colégio Adventista, na Rua Frei Gaspar Madre de Deus, 707, no bairro Portão. Voluntários do Laboratório de Imunogenética e Histocompatibilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estarão no local para fazer o cadastramento e a coleta de amostras de sangue para possíveis doadores. O evento irá ocorrer das 9h às 16h.

O transplante de medula óssea é necessário para pacientes com doenças que afetam as células do sangue, como leucemia, anemia aplástica e linfoma. A chance de encontrar um doador compatível é de 1 para 100 mil. “A probabilidade de um paciente encontrar um doador próximo é de 25% a 30%, por isso a importância do doador cadastrado”, comenta Maria da Graça Bicalho, diretora do Laboratório da UFPR.

A partir de uma gota de sangue, o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (Redome) fará a tipagem da amostra de acordo com as características genéticas do possível doador e cruzará os dados com as características dos pacientes. Todo o procedimento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No País já estão cadastrados mais de dois milhões de doadores. Todo o procedimento é sigiloso. “O Brasil dialoga com outros centros no mundo, como o dos Estados Unidos e a Alemanha”, lembra a diretora.

Quando detectada a compatibilidade, o possível doador volta a ser localizado para ser submetido a novos exames clínicos. “No momento em que se identifica a dupla doador/receptor compatíveis, a equipe médica começa os procedimentos de transplante”, explica Maria. Segundo a diretora, o procedimento de retirada da medula óssea do doador leva no máximo 50 minutos para ser realizado. Posteriormente o material é processado para então ser aplicado no receptor.

“Se o doador desiste no meio do processo ele compromete ainda mais o paciente receptor. Pois o mesmo passa por um procedimento quimioterápico, que vai matar as células doentes e poder receber a medula nova”, explica a diretora.  

Durante o procedimento clínico, são retirados de 300 ml a 450 ml de medula (10% da medula óssea do doador), retirada do interior dos ossos da bacia. O doador retoma suas atividades uma semana após a doação e em 15 dias tem sua medula recomposta pelo organismo. “O mais importante é as pessoas saberem da simplicidade do ato e terem consciência de que podem salvar vidas”, comenta Maria.

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