Incentivar as pessoas a adotarem animais apreendidos pela carrocinha, que são levados ao canil municipal de Curitiba, é o objetivo de uma campanha que está sendo promovida pelo publicitário Leonardo Sikorski, em parceria com as organizações não governamentais SOS Bicho, Clube das Pulgas e Sociedade Protetora dos Animais.
Leonardo é contra a metodologia utilizada pelo canil, que depois de alguns dias sacrifica os cães e gatos não adotados. “Todos os dias, dezenas de animais esperam no corredor da morte por alguém que possa salvá-los. Acho que a adoção é a melhor forma de acabar com a matança”, afirma.
Segundo o publicitário, a maioria das pessoas, na hora de escolhere um animal de estimação, prefere pegar um cão ou um gato com raça definida e pedigree. Isso faz com que os animais sem raça, popularmente conhecidos como “vira-latas”, acabem rejeitados e posteriormente perambulando pelas ruas da cidade doentes, sem água e comida. “As pessoas geralmente compram animais de raça por modismo. Porém, os vira-latas também são dóceis e carinhosos, podendo tanto ser tidos como animais de companhia quanto de guarda”, afirma. “Além disso, os cães e gatos sem raça definida geralmente são bem mais resistentes a doenças.”
Canil
O coordenador do canil municipal, Eric Koblitz, aprova a campanha de adoção e informa que, em média, trinta animais esperam diariamente no canil por novos donos. Para adotá-los, basta que a pessoa compareça ao Canal Rio Belém, 3, no bairro Guabirotuba, munido do número do RG e de uma coleira, e escolha o cão ou gato que quer para companhia.
Quanto à utilização da câmara de gás para o sacríficio dos animais, Eric diz que ela é prevista por uma lei municipal de 1953 e aprovada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária como um método indolor aos animais. O sacrifício dos cães e gatos que esperam por adoção depende do estado de saúde do animal e da lotação do canil.