Campanha do agasalho da Sanepar arrecada mais de 4 mil peças

Oito instituições que atendem pessoas carentes receberam nesta quinta-feira (28) as 4 mil peças de roupas e os 400 cobertores doados pelos empregados da Sanepar de Curitiba e Região Metropolitana. De acordo com a gerente da Unidade de Serviço de Recursos Humanos, Tânia Toninello, no Paraná foram arrecadadas 8.233 peças. ?Esta é uma ação de solidariedade do empregado, não é uma ação de trabalho na Sanepar. É uma atividade voluntária e as doações crescem a cada ano. Em Curitiba, por exemplo, foram doadas 2.500 peças no ano passado. Neste ano, foram mais de 4 mil?, explica.

?Foram escolhidas comunidades que possuem vínculo com os trabalhos da Sanepar, ficam no entorno dos escritórios da empresa e onde há risco social?, comentou o diretor administrativo, Hermes da Fonseca Filho, que representava o presidente da empresa, Stênio Jacob, na entrega das doações. Nessas comunidades são desenvolvidas atividades socioambientais, que estimulam as ligações corretas de água e esgoto, buscam preservar o meio ambiente ou evitar o desperdício de água.

Entre os beneficiados pela primeira vez pela campanha está o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), de Campo Largo. A Sanepar desenvolveu uma oficina de teatro sobre meio ambiente e saúde com as crianças atendidas pelo Peti. A peça que nasceu da oficina ficou tão boa que foi apresentada várias vezes em escolas da cidade. Segundo a coordenadora do Peti, Marisa Mocelin, a participação da Sanepar ajudou muito as crianças a se desinibirem e a superar limites. ?Isso ajuda a ter auto-estima, segurança?, disse.

Direito

No evento, a diretora de Meio Ambiente e Ação Social, Maria Arlete Rosa, lembrou a importância das ações de educação socioambiental e do bom relacionamento com as comunidades. ?Só em parceria é possível trabalhar. A intervenção social em comunidades carentes é nossa prioridade?, disse. Arlete falou ainda do direito ao saneamento e anunciou que, na próxima semana, a Vila Zumbi dos Palmares, em Colombo, vai receber 1.700 ligações de esgoto ?de forma correta, garantindo qualidade de vida para todos?.

A maioria dos beneficiados com a doação de agasalhos é de catadores de papel. Ali, repetem-se as histórias de abandono, as dificuldades financeiras e familiares. ?Quem doa muitas vezes não sabe o que é passar frio. Nossas necessidades são muitas. Quando o pessoal da Sanepar faz uma ação dessas, nos sentimos mais amparados?, relatou o presidente da Associação de Moradores da Vila Pantanal, Dirceu Domingo Fernandes.

Ele explica que todas as doações que chegam à entidade são registradas no ?Livro Ouro? e que também se anota o nome de cada beneficiado. ?Registramos e controlamos, porque precisamos ser transparentes e honestos. Assim, ficamos mais à altura da instituição que nos ajuda?, explicou. O presidente vem de uma família de 16 irmãos e conta já ter passado por todo tipo de dificuldade. ?Éramos tão pobres que até o rastro era feio?, disse.

A história que ele resolveu construir com a comunidade, no entanto, é muito bonita. São 700 famílias de catadores organizados que lutam por melhor qualidade de vida. Ele conta, comovido, como lutaram e há dois anos conseguiram ligações de água. ?Agora queremos ter acesso ao esgoto também?, comentou.

Representando a Comunidade 23 de Agosto, esteve a coordenadora local da Pastoral da Criança, Noemia Padilha Saurin. ?Temos 1.450 famílias lá. E 500 vivem em área de risco. Se chover por mais de duas horas, alaga tudo. Essas doações vieram em muito boa hora porque o frio está aí?, disse.

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