A fila do transplante no Paraná já chega a 4.587 pessoas. A maior parte delas – 2.501 – espera um rim. Apenas na Central de Transplantes do Norte do Paraná, que envolve 21 municípios, há 775 pessoas aguardando a sua vez, sendo que o rim também é o órgão mais esperado.
Por conta da grande quantidade de doentes, a Santa Casa de Londrina está realizando uma campanha até a próxima sexta-feira. A idéia é sensibilizar as pessoas para a importância da doação de órgãos. A campanha marca também o Dia Nacional do Doador de Órgãos, celebrado no dia 27 de setembro.
Ontem, ocorreu uma blitz educativa com motoristas e pedestres, em frente à Santa Casa. Hoje e amanhã acontecerão oficinas sobre o tema, e quinta e sexta-feira estão agendadas palestras.
Para a coordenadora da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, Sandra Boni Paulena, essas campanhas são importantes porque um dos grandes problemas quando o assunto é doação de órgãos é a falta de orientação das famílias que perdem um ente querido.
Geralmente a família não autoriza a doação depois de registrado o óbito porque não sabe se a pessoa gostaria ou não de doar”, afirmou Sandra. Durante o primeiro dia de campanha, as pessoas envolvidas também perceberam outro grande problema: a falta de informação sobre o assunto.
“As pessoas perguntam se o órgão vai ser comercializado no hospital, se as pessoas que derem dinheiro conseguem passar na frente na fila, ou ainda, querem saber como o corpo da pessoa fica depois da retirada do órgão. Algumas dúvidas são absurdas, mas existem”, disse. Neste ano, já foram realizados 77 transplantes, sendo a maioria de córneas (58).
A oficina de hoje será realizada às 19h30, no Hotel Sumatra, em Londrina. Amanhã, a oficina acontece às 14h, no Sindicato Rural de Rolândia. A palestra de amanhã está agendada para 14h30, no Sistema de Assistência à Saúde (SAS) de Londrina. A programação é gratuita.