Apesar da portaria do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), anunciada ontem pelo governo do Estado para impedir a cobrança das tarifas de pedágio nas cinco praças da Rodovia das Cataratas, o reajuste de 17,4% autorizado em liminar do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região deixou os caminhoneiros indignados.

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Para a federação que representa a categoria, a Fenacam, a elevação dos preços ?fora de época? foi estopim para dar impulso a uma manifestação que deve acontecer nos próximos dias, em âmbito nacional e que deve reivindicar também o cumprimento da Lei do Vale Pedágio e aplicação de mais esforços por parte dos governos na conservação das estradas.

?Isso – a autorização do reajuste – é resultado de uma negociação que veio em prejuízo da nossa categoria e do Estado como um todo?, afirma o presidente da Federação Nacional dos Caminhoneiros, Diumar Bueno. Ele acredita que o aumento autorizado para as tarifas foi, na verdade, protelação de reajustes que não aconteceram quando dos acordos firmados entre dezembro de 2003 e julho do ano passado envolvendo o governo do Estado e as concessionárias Caminhos do Paraná e Rodovia das Cataratas para redução das tarifas. Enquanto as concessionárias cuidavam da manutenção, o governo assumia a responsabilidade em fazer obras. ?Esse reajuste está sendo concedido em função daqueles acordos que ele – o governador Roberto Requião – fez?, avalia o presidente da federação.

De acordo com o sindicalista, se chegar a ser aplicado, a repercussão do reajuste adquirido pela Rodovia das Cataratas deve refletir no bolso do consumidor.

Manifestação

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A autorização para aumento das tarifas e os altos preços praticados em outros estados, vêm desencadear -junto a outras reivindicações, como a má conservação das estradas – uma movimentação que deve deflagrar protestos em território nacional. Na quarta-feira da semana que vem, representantes sindicais, lideranças da categoria e empresários de transporte se reunirão em Brasília para decidir uma data e como será feito o movimento. ?Na questão do pedágio já decidimos que não adianta ficar nesse imbróglio político.?