Um caminhão carregado com quase 30 mil quilos de soda cáustica tombou ontem a pouco mais de 150 metros da praça de pedágio da Rodonorte, na Colônia Witmarsum. Segundo o cabo Rietow, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente, no quilômetro 539 da BR-376, aconteceu por volta das 7h50. O caminhão, placa MDI-5868, de Jaraguá do Sul (SC), levaria as três mil caixas do produto até Mato Grosso (MT). A polícia foi avisada do acidente pela Rodonorte.
De acordo com o motorista do caminhão, Sérgio Rafael Meurer, de 48 anos, o produto começaria a ser entregue em Campo Grande (MS) e depois seguiria até Sinop (MT). Quando o veículo tombou, próximo a São Luiz do Purunã, a primeira medida que o caminhoneiro tomou foi avisar a família, em Guaramirim (SC). "Só tive pequenos cortes na boca e na mão, mas o susto foi grande. Em 30 anos de motorista, este foi o primeiro acidente", conta o motorista, que foi atendido no local.
Sérgio diz que, antes de tombar, tentou evitar o acidente, mas não conseguiu segurar as carretas. "Por conta da irresponsabilidade dos outros a gente paga o preço. No veículo que seguia na minha frente, o motorista estava ao celular e eu resolvi ultrapassar. Quando eu o estava passando, ele veio para o meio da pista e, para não bater nele eu tirei, mas a última carreta caiu no canteiro, virou e acabou puxando as outras", relata o motorista. Sérgio não tinha noção de quanto valia a carga, mas sabia do perigo.
Soda
Apenas 100 quilos de soda vazaram. A empresa que transportava a carga era a Transoda, de Joinville (SC). O produto transportado era da também catarinense BEL. O local onde as caixas e os potes do produto químico ficaram espalhados foi isolado pela Rodonorte. No final da manhã, a empresa ainda não tinha chegado para realizar o transbordo da carga. No entanto, a equipe da Defesa Civil já havia feito o levantamento do estrago e, segundo ela, o local precisaria ser limpo o mais rápido possível. "Após o transbordo, a Rodonorte tem que jogar cal ou cimento para absorver os restos do produto, que é tóxico e, se inalado, pode causar problemas sérios", explicou o sargento Luiz Carlos Machado.
O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) também esteve no local, mas verificou que não houve dano ambiental. O problema seria a chuva, que poderia levar o produto para o manancial, segundo o sargento da Defesa Civil. A interdição do local ficou apenas em meia pista. Apesar das dimensões do acidente, não foi necessário interromper todo o trânsito e também não houve engarrafamento.