Curitiba pediu paz ontem. Várias pessoas se reuniram para fazer uma caminhada no Parque Barigüi e chamar a atenção para o projeto que tramita na Câmara e cria o Conselho Municipal da Cultura da Paz. Um dos objetivos do conselho é influenciar políticas públicas que melhorem a qualidade de vida da população.
Vitor Caruso, da Associação Ciência Meditativa, afirma que a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu que esta é a década da cultura da paz. Agora, a entidade e outras organizações estão mobilizando a sociedade para o tema. Eles querem paz na saúde, educação, justiça e entre as religiões. “Paz na saúde significa atendimento humanizado para aquela pessoa que passou a noite toda esperando para ser atendida na porta de um hospital”, exemplifica.
Entre os participantes, estava a monja Coen, que é brasileira e foi ordenada no Japão depois de 12 anos de retiro. Ela tem apoiado vários conselhos que já surgiram em todo o País e explica que esses órgãos têm um papel fundamental para fomentar a criação de uma rede envolvendo o poder público e a sociedade para a disseminação da paz. “Precisamos mudar como o Tai Chi Chuan. Eles têm movimentos de luta, mas transmitem a paz”, compara.
Antes da caminhada os alunos de Tai Chi Chuan do Sesc fizeram uma apresentação para quem passeava pelo parque. Depois, seguiram numa marcha silenciosa. “Para falar de paz precisamos de silêncio”, ensina Vitor.
