Sugestão

Câmara propõe alteração na gratuidade das passagens para os Correios

A Câmara Municipal de Curitiba deverá encaminhar à Prefeitura de Curitiba um pedido oficial para que seja revista a legislação que permite aos carteiros usar ônibus sem pagar. A alegação é de que a lei onera o custo da passagem do transporte coletivo e quem acaba pagando por isso é o usuário. A ideia, porém, não afeta outros beneficiários da isenção.

A sugestão veio após um pedido do prefeito Gustavo Fruet (PDT) para ter um crédito adicional para quitar uma dívida de cerca de R$ 1,4 milhão com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), oriundas da gestão anterior. Para o vereador Bruno Pessuti (PSC) há uma controvérsia nessa história. “Entendemos que é correto da parte dos Correios cobrar a dívida junto à Prefeitura. Contudo, eles se beneficiam com essa lei de os carteiros não pagarem passagem. Por mês, os Correios deixam de gastar, em média, R$ 2,8 milhões em passagens. Não estamos vendo uma contrapartida boa para a cidade”, alega.

O político afirma que a intenção da Câmara não é de prejudicar o trabalho dos carteiros. “Os Correios prestam um serviço importante, é verdade, mas, por ser uma empresa que visa o lucro, deveria arcar com estes custos. Diferente do que acontece com um policial militar, por exemplo, cujo trabalho não é o de obter um ganho financeiro. Acredito que essa lei precisa ser debatida. Quanto mais gente pagando passagem, menor é o ônus para o trabalhador”.

A assessoria de comunicação dos Correios informou que a empresa não irá se manifestar sobre o assunto.

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