Calendário do Cefet só vai se normalizar em 2005

O calendário escolar do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR), campus de Curitiba, só será regularizado em 2005. Ontem, as aulas recomeçaram, depois de mais de cinqüenta dias de paralisação. A principal preocupação da direção da instituição é conseguir concluir o ano letivo dos alunos do último ano do ensino médio que prestarão vestibular.

De acordo com o diretor de Ensino do Sistema Cefet, Carlos Eduardo Cantarelli, cerca de 60% dos servidores aderiram à greve ? que começou dia 8 de julho e terminou dia 30 em protesto ao projeto da reforma da Previdência. Mas o calendário já estava atrasado em função da paralisação dos servidores no ano passado, que durou 106 dias. Cantarelli explicou que as aulas do primeiro semestre de 2003 serão encerradas dia 13 de setembro, porém a reposição das aulas que quem aderiu à greve vai até dia 31 de outubro. Apesar das aulas voltarem ao normal no Cefet, muitos alunos não compareceram ontem. A direção da instituição afirma que é um comportamento normal, e que a partir da próxima semana tudo estará em ordem. Apesar de entender que o motivo da greve dos professores é justa, os alunos se sentiram prejudicados.

Os irmãos Thiago e Thais Ferreira dos Santos, que cursam o segundo ano do ensino médio, reclamam que o calendário já estava atrasado. “Agora vai ficar ainda mais complicado, pois nem as férias vamos ter”, disseram. Já os estudantes Marcelo Gapski, Letícia Mikami, Beatriz Hummell e Kely Souza, do curso de Artes Gráficas, além do atraso no calendário escolar, ficarão impedidos de fazer estágio em período integral, pois haverá reposição de aulas. Outro problema citado foi que apenas algumas aulas por semana serão assistidas, pois nem todos os professores aderiram à greve. “No meu curso só dois professores fizeram greve e terei que vir assistir às aulas uma vez por semana”, disse Marcelo. (RO) “Nossa previsão é que na metade de novembro consigamos iniciar as atividades do segundo semestre, e concluir em março de 2004”, disse o diretor. A previsão da instituição é regularizar o calendário escolar somente em janeiro de 2005. Cantarelli afirmou que a principal preocupação é conseguir completar os duzentos dias letivos dos alunos que estão terminando o ensino médio. Para isso, as aulas serão ministradas durante os feriados e recesso escolar. Além disso, o diretor se comprometeu a tentar um acordo com reitores das principais universidades, para flexibilizar a situação dos alunos do Cefet que forem aprovados no vestibular.

O diretor de ensino confirmou que, em função da greve, cinqüenta alunos pediram transferência da instituição atraídos por propostas de colégios particulares que oferecem cursos pré-vestibulares. “Algumas escolas ofereceram até bolsas de estudos, pois os alunos do Cefet saem com uma boa formação e, se conseguirem aprovação, entram nas estatísticas positivas desses cursinhos”, falou Cantarelli. O Cefet-PR tem cerca de 13 mil alunos distribuídos nas unidades de Curitiba ? que concentra 6,6 mil alunos ?, Ponta Grossa, Medianeira, Campo Mourão, Pato Branco e Cornélio Procópio. A greve teve a adesão somente dos servidores de Curitiba.

Alunos se sentem prejudicados

Apesar das aulas voltarem ao normal no Cefet, muitos alunos não compareceram ontem. A direção da instituição afirma que é um comportamento normal, e que a partir da próxima semana tudo estará em ordem. Apesar de entender que o motivo da greve dos professores é justa, os alunos se sentiram prejudicados.

Os irmãos Thiago e Thais Ferreira dos Santos, que cursam o segundo ano do ensino médio, reclamam que o calendário já estava atrasado. “Agora vai ficar ainda mais complicado, pois nem as férias vamos ter”, disseram. Já os estudantes Marcelo Gapski, Letícia Mikami, Beatriz Hummell e Kely Souza, do curso de Artes Gráficas, além do atraso no calendário escolar, ficarão impedidos de fazer estágio em período integral, pois haverá reposição de aulas. Outro problema citado foi que apenas algumas aulas por semana serão assistidas, pois nem todos os professores aderiram à greve. “No meu curso só dois professores fizeram greve e terei que vir assistir às aulas uma vez por semana”, disse Marcelo.

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