Cal Forte promete FGTS e seguro no MPT

Os funcionários da SJB Indústria de Cal e Calcário Ltda., de nome fantasia Cal Forte, permaneceram ontem em frente à sede da empresa, na Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cimento, Argamassa, Cal e Gesso do Paraná, um sistema de rodízio será realizado entre os 400 trabalhadores durante o final de semana, para impedir que qualquer bem seja retirado da empresa. Eles estão realizando a mobilização desde a noite de terça-feira.

Na quinta, após se reunir com o sindicato e com um dos administradores da Cal Forte, o procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu entrar com uma medida cautelar na Vara de Colombo, para impedir a venda ou retirada dos bens da empresa.

Manoel Vaz de Oliveira, presidente do sindicato, informou que a decisão do juiz deve sair na próxima segunda-feira. “Enquanto não tiverem a garantia de que nenhum bem será retirado, os trabalhadores vão continuar com a mobilização”, confirmou o presidente do sindicato.

Ontem, em mais uma reunião entre as partes no MPT em Curitiba, ficou acertado que a empresa vai assinar um termo de rescisão dos contratos dos trabalhadores para liberar o FGTS e o seguro-desemprego até a próxima semana. “Esperamos que tudo saia como ficou acertado. Mas, enquanto isso, vamos esperar a vinda de um oficial de Justiça para avaliar todos os bens que ainda estão no local”, informou.

Sobre a denúncia dos funcionários, afirmando que a empresa não estava nos nomes dos verdadeiros donos (Albino Filla e Carlos Roberto Borges), o sindicato informou que o MPT está analisando todas as informações recolhidas durante a visita à sede da empresa, e deverão tomar as devidas providências.

A Cal Forte e suas outras seis unidades (Cal Coagro, Isocal, Coincal, Gulin Cal, Cal Barigüi e Cal Santa Maria), localizadas entre os municípios de Almirante Tamandaré e Rio Branco do Sul, fecharam as portas na terça-feira, sem aviso prévio, devendo o pagamento de dois meses de salário para os funcionários. Os trabalhadores também estavam sem receber o fundo de garantia desde janeiro, além de comprovarem que receberam salários anteriores com cheques-sem-fundo.

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