Pode começar a faltar dinheiro nos caixas eletrônicos de todo Paraná a partir das próximas horas. Vigilantes de transportes de valores que atuam em carros-fortes deram início ontem a uma greve por tempo indeterminado. Em Curitiba, durante todo o dia, os trabalhadores realizaram uma manifestação em frente a uma empresa do setor, no bairro Parolin.
“Em todo Estado, são 2.487 vigilantes que transportam cerca de R$ 50 milhões por dia. A greve está sendo realizada porque as empresas de transporte de valores estão se mostrando intransigentes em negociar com os trabalhadores”, diz o presidente do Sindicato dos Vigilantes do Transporte de Valores do Paraná (SindVigilantes), João Soares.
A categoria reivindica um aumento real de 10%, o que faria com que seu salário base ficasse em torno de R$ 1.500,00. Porém, segundo João, as empresas ofereceram aumento de apenas R$ 0,10 no vale-refeição, o que foi considerado uma provocação aos trabalhadores.
“R$ 0,10 é o valor de uma balinha. Por isso, as empresas de transporte de valores estão oferecendo uma balinha mensal de aumento aos vigilantes. Isso é uma provocação à categoria e acaba forçando a realização da greve”, afirma o representante do SindVigilantes.
Outra reivindicação é o reajuste do valor integral do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). “O INPC é de 3,5%. As empresas podem atender nossas reivindicações, pois tiveram uma lucratividade imensa ao longo dos últimos anos. O que falta é vontade de negociar”, comenta.
A reportagem de O Estado entrou em contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Valores do Paraná e tentou conversar com o presidente da entidade, Gerson Pires, durante todo o dia de ontem. Porém, foi informada que ele não estava no local. A reportagem telefonou diversas vezes para o seu celular, mas ele não atendeu.
