O secretario-chefe da Casa Civil, Caíto Quintana, afirmou que um dos maiores desafios do governo do Paraná é a recuperação salarial dos servidores estaduais e que uma equipe de secretários e técnicos do Estado estão trabalhando nesta questão. “As secretarias da Fazenda, Administração, Planejamento, Educação, Saúde e Casa Civil estão atentas para a questão salarial, mas temos de lembrar que foram oito anos sem reajuste e que o momento é de estudos. Estamos no limite da receita e despesa e temos de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
Segundo Caíto, o governo tem conversado sistematicamente com representantes de classes e mostrado a realidade financeira do Estado e discutido, abertamente, propostas. “Estamos tratando o assunto da forma mais transparente possível: todos têm tido acesso às contas do governo”, afirmou o chefe da Casa Civil, lembrando que este semestre o governo enviará à Assembléia Legislativa o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. “Vamos recuperar os salários dos servidores aos poucos, de acordo com a arrecadação do Estado, e ainda enviaremos o projeto de lei para que o menor salário do servidor paranaense seja de R$ 400. Há setores que recebem menos de um salário mínimo.”
O chefe da Casa Civil lembrou também que, diferente da primeira administração do governador Roberto Requião, “desta vez o governo está tendo uma guerra para reorganizar e reequilibrar as contas públicas”. De acordo com Caíto, só a dívida pública é muito maior do que se supunha. “Em seis meses economizamos mais de R$ 200 milhões em contratos que foram cancelados ou anulados. Essa verba será usada em prioridades do governo”, revela.
Ele frisou as medidas que o Estado tem tomado para incentivar a geração de emprego no Paraná. “Essa troca de impostos por empregos, com isenção de ICMS para pequenas empresas, tem sido fundamental”, disse Caíto. “Estamos ajudando os municípios sim: este ano, em relação ao mesmo período do ano passado, repassamos cerca de 28% a mais de impostos (ICMS e IPVA) para as prefeituras.”
Caíto destacou ainda que o governo vai cumprir o compromisso de redução das tarifas de pedágio no Estado. “Tenho certeza de que haverá entendimento, seja buscando a redução negociando ou fazendo a encampação”, afirma.