O administrador da Funai de Guarapuava, Francisco Eugênio dos Santos, e o funcionário Antenor Pereira da Silva foram liberados ontem pelos índios caingangues da reserva de Marrecas, localizada em Turvo, região central do estado. Francisco e Antenor passaram toda quinta-feira como reféns na aldeia, após o administrador ter feito o anúncio de que o chefe do posto indígena, Pedro Cornélio, caingangue escolhido pelos índios, seria substituído pelo funcionário público Antenor Pereira da Silva. Ontem, uma equipe da Polícia Federal se encaminhou à reserva de posse de um documento assinado pelo presidente da Funai que anulava o ato. Segundo Pedro Cornélio, os dois funcionários foram liberados assim que os indígenas tomaram posse do documento e nenhum deles sofreu violência. “Eles estão bem, mas vão daqui direto para o hospital como precaução.”
A reserva de Marrecas é ocupada por 475 caingangues e está localizada há cerca de 70 km de Guarapuava.
Uma nova reunião deve se marcada na semana que vem para definir como vai ficar a situação no local e qual será o papel da Funai na reserva.
Os chefes de posto indígena têm salário de R$ 780,00 e intermediam as ações na Funai dentro das aldeias. Francisco Eugênio indicou o substituto de Pedro Cornélio depois de receber críticas sobre seu desempenho nos últimos dois anos.