Em 2008, o Paraná registrou queda no número de novos casos de tuberculose em relação a 2007. Foram 2.614 casos no ano retrasado, enquanto que em 2008 foram 2.561 registros. Ou seja 24,18 casos para cada 100 mil habitantes no Estado no ano passado.
Só na capital, foram notificados 425 casos novos no ano passado. Os números estaduais do ano anterior, porém, são maiores que os registrados em 2006: a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registrou naquele ano 2.372 novos casos de tuberculose.
O coeficiente de novas infecções para cada 100 mil habitantes no Estado acompanha a queda gradual da incidência da doença no País. Em âmbito nacional, a incidência é de 39 casos por 100 mil habitantes. Em sete anos, o número de casos caiu 24,4% no Brasil.
No entanto, o País continua na lista das 22 nações com maior número de pessoas infectadas. De acordo com um levantamento do Ministério da Saúde, cerca de 65 milhões de brasileiros são infectados pela tuberculose a cada ano. Desses, 80 mil adoecem e cinco mil morrem.
O desafio, segundo a chefe da Divisão de Doenças Endêmicas e Prevalentes da Sesa, Elisabeth Sens, é aumentar os índices de cura no Estado, que hoje é de 75%. Segundo ela, o objetivo também é otimizar o índice de abandono do tratamento antes de seis meses, que hoje é de 7,5%.
“A meta é atingir, até 2015, 85% de cura e porcentagem inferior a 5% dos casos de abandono do tratamento, que seriam dados aceitáveis pela Organização Mundial da Saúde” afirma.
Para isso, Elisabeth conta que é preciso vencer o que é uma das principais barreiras para o controle da doença: a desinformação. Segundo ela, é necessário informar o paciente da necessidade de concluir o tratamento, que dura seis meses. Isso porque, segundo ela, uma pessoa infectada pode transmite a doença, em média, para mais 15 pessoas no período de um ano.
A coordenadora do Programa de Controle Estadual da Tuberculose, Betina Alcântara Gabardo, reforça o alerta para o tratamento. Ela explica que, quando passam a se sentir melhor, muitos pacientes abandonam o tratamento.
“Em 15 dias de tratamento a pessoa deixa de transmitir o bacilo que causa a infecção. Mas se o tratamento for interrompido, em pouco tempo ele volta a transmitir”, diz. Segundo Betina, o comportamento inadequado do paciente contribui para que a incidência da doença não regrida.
A Organização Mundial da Saúde estima que 9 milhões de pessoas contraiam a doença por ano no mundo, das quais cerca de 2 milhões morrem. Alguns dos sintomas da tuberculose são: tosse seca e contínua, sudorese noturna, cansaço excessivo, palidez, falta de apetite e rouquidão.