A presença de cães de grande porte sem focinheira nos locais públicos de Curitiba é proibida desde junho de 2001. Muitas pessoas, porém, ainda desconhecem a determinação e não utilizam o equipamento em seus animais, colocando em risco o bem-estar de terceiros.
Segundo o diretor de parques e praças da Prefeitura de Curitiba, Reinaldo Pilotto, o problema ocorre principalmente em algumas praças, ruas e avenidas, onde a fiscalização não é tão intensa. “Notamos que nos parques, como o Barigüi e o São Lourenço, a lei está sendo respeitada. Porém, em outros pontos da cidade, muita gente ainda se recusa a cumprir a lei”, afirma. É obrigatório o uso de focinheiras em cães de raças consideradas ferozes, como rottweilers, pitbulls e dobermans, e animais com peso superior a 20 quilos, por mais que sejam de bom temperamento. Os cães pequenos também não podem andar soltos. Eles precisam de guia e coleira. “Por mais que o cachorro seja pequeno e inofensivo, pode provocar um cão grande ou incomodar quem passa ao seu lado”, explica Reinaldo, lembrando que também é importante fazer com que os donos de cães de pequeno porte entendam isso.
Quando a lei estava para entrar em vigor, muita gente alegou que a focinheira era prejudicial aos animais. De acordo com Reinaldo, essa idéia é falsa. “No início, o cão pode ficar um pouco estressado por causa do equipamento, mas com o tempo ele se acostuma”, garante. Para que o cão não se machuque, a focinheira deve ter o tamanho ideal para a raça. Ela deve ser indicada pelo veterinário, pois há focinheiras específicas para cada tipo de cão.
Quem não obedecer a lei, num primeiro momento, é orientado verbalmente pelo fiscal e convidado a se retirar da via pública. Se for pego novamente, recebe notificação. Caso cometa o erro pela terceira vez, recebe multa de R$ 560 e tem o animal apreendido.