Walter Alves / GPP

Bourges e Rosecléia promoverão
o Apito Solidário.

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A falta de segurança em algumas regiões de Curitiba tem feito com que a comunidade se organize para encontrar soluções. Os moradores do bairro Juvevê criaram a Associação Vizinhos Solidários (Aviso), que além de coibir a violência, busca a integração entre eles. Nos próximos dias, a comunidade irá colocar em prática o apito solidário, uma forma criativa de deixar as pessoas em alerta em casos onde a segurança estiver ameaçada.

A vice-presidente da Aviso, Rosecléia Cooper, conta que há sete anos os moradores da Rua Elbe Pospissil se reuniam para enfeitar a via para o Natal. Nessa época eles discutiam sobre a segurança, mas nenhuma ação prática acontecia depois da passagem das festividades. Outra constatação é que muitas pessoas conversavam apenas no período de preparação para o Natal, e passavam o resto do ano sem se falar. ?Foi então que percebemos a necessidade de as pessoas se conhecerem para melhorar a integração?, disse.

Para o presidente da Aviso, Fernando Bourges, essa integração é que vai resultar na melhor segurança. ?É um processo simples de conhecer o vizinho, saber um pouco de seus hábitos ou com quem mora. Isso ajuda na hora de identificar alguma situação estranha?, falou. Para buscar essa integração, a associação tem promovido algumas atividades que estão ganhando a adesão dos moradores do bairro. Duas vezes por semana, em horários diferentes, eles promovem uma caminhada na Praça Brigadeiro Eppinghaus. ?O local, que antes estava abandonado e servindo para reunião de desocupados e usuários de drogas, hoje está virando um ponto de encontro entre as pessoas do bairro?, comentou.

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Nos próximos dias, eles irão fundar um Conselho Comunitário de Segurança, além de promover uma festa típica, bazar e dar início ao Apito Solidário. A iniciativa consiste em ?fazer barulho? cada vez que algum morador observar alguém em atitude suspeita ou tentando praticar um crime na região. ?Se todos os moradores começarem a apitar, o barulho deverá fazer com que o marginal se assuste e fuja?, falou Rosecléia. A necessidade de promover ações desse tipo, comenta Bourges, é para tentar diminuir as crescentes ocorrências de arrombamentos, assaltos e seqüestros no bairro.

Apoio

Esse tipo de iniciativa da comunidade tem o apoio dos setores de segurança. O major comandante do Regimento de Polícia Montada Coronel Dulcídio, Roberson Luiz Bondaruk, afirma que todo o crime é composto por três elementos: criminoso, vítima e oportunidade, ?e quando a vítima reduz a oportunidade o crime não acontece?. Segundo ele, a integração da comunidade é muito importante para colaborar com o trabalho da polícia. ?Se o número de ocorrências diminui, a polícia pode fazer um atendimento melhor e mais qualificado?, finalizou.

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Quem quiser entrar em contato com a Associação Vizinho Solidário pode escrever para o e-mail assocjuveve@hotmail.com.