Salários atrativos e estabilidade no mercado de trabalho são as principais motivações de quem sonha em ser aprovado em um concurso público. Só em 2011, mais de dez milhões de pessoas se submeteram aos testes, segundo a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac). Este ano, a entidade estima que esse número passe de 12 milhões.
José Garcez, professor de uma instituição especializada em concursos, confirma que a busca por estabilidade é o que leva a maioria dos alunos a se matricular nos cursinhos preparatórios. “Em muitos casos só a estabilidade interessa ao candidato, uma vez que começam a estudar sem ao menos saber quais as atribuições dos cargos pretendidos”, conta. O perfil de quem busca uma vaga é bastante variado. Segundo Garcez, os empregos públicos atraem jovens em início de carreira, adultos na faixa dos 35 anos que atuam na iniciativa privada e pessoas acima dos 50. Mulheres são maioria nas salas de aulas.
Garcez comenta ainda que os concursos em nível nacional são os mais procurados e responsáveis pela abertura de novas turmas nos cursos preparatórios. “Vagas ofertadas pela Receita e Polícia Federal, INSS e Caixa Econômica Federal são as mais interessantes para os candidatos”, revela. E para quem está pensando em concorrer a essas oportunidades, a dica é disciplina. “Oriento meus alunos a se preparar passando por três fases: teoria, exercícios e simulados referentes a concursos anteriores”, sugere.
Oportunidade
Pensando numa das 600 vagas abertas pela Polícia Federal é que Tatiana Damásio se prepara há quase um ano para o concurso e frequenta diariamente as aulas de um cursinho preparatório. “Parei de trabalhar e abri mão de atividades de lazer e de convívio familiar para conseguir estudar de domingo a domingo”, explica. A rotina da candidata se resume às salas de estudo e de aula do cursinho. No fim do dia é a vez da preparação física, já que o concurso inclui exame de aptidão na área.
O cansaço e o desânimo também fazem parte dessa maratona. Tatiana conta que o apoio familiar é fundamental para que esse período se torne menos difícil. “A ajuda e a torcida da família são motivadores, por isso, sempre trago fotos da minha filha e penso que essa conquista também é para ela”, observa.
