Quase meio ano sem poder trabalhar porque a empresa não dá baixa na carteira de trabalho. Esta é a situação da auxiliar de limpeza Divail Biora, de Colombo, que durante quase três anos foi funcionária da prestadora de serviços de asseio e conservação Sul Service. Ela conta que a empresa está retendo o documento desde março, quando foi demitida.

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O entrave burocrático a impede de conseguir novo trabalho ou dar entrada no seguro-desemprego. A trabalhadora, que sofre de reumatismo com dores nos braços e pernas, quer tentar o auxílio-doença do INSS, mas não pode nem sonhar enquanto não tiver sua situação resolvida. “Já fui lá na empresa umas quatro vezes e nada”, reclama. Apesar da doença, Divail não tem medo de trabalhar e nunca reclamou da dor. “Eu escondia meu problema porque tinha medo de ser demitida”, revela. Ela sempre trabalhou com limpeza em instituições financeiras.

Denúncias

A diretora-secretária do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação do Paraná (Siemaco/PR), Amélia Rodrigues, confirmou que há outras denúncias contra a Sul Service. “Segundo os trabalhadores, a prestadora de serviços não está homologando as rescisões no sindicato. Temos quase 10 denúncias”, comenta. De acordo com a sindicalista, a empresa agendou por duas vezes o acerto das rescisões em fevereiro, mas cancelou por e-mail. “Não sei se têm dificuldade pelo fato de serem do Rio Grande do Sul ou se estão enrolando os trabalhadores”, questiona.

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Empresa desconhece caso

As demandas apresentadas pelos funcionários da Sul Service que procuraram o Siemaco/PR dizem respeito ao não recebimento de cópias dos contracheques, atrasos salariais e dificuldade de acesso à empresa sediada em Cachoeira (RS) com escritório administrativo em Curitiba.

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A empresa Sul Service informa que desconhece as denúncias e teria que verificar pontualmente cada caso. Com relação ao problema de Divail Biora, a empresa garante que a funcionária pode se apresentar no escritório administrativo em Curitiba, cuja finalidade é sanar problemas dos funcionários locais. “Nós vamos entrar em contato com a funcionária para orientá-la. É um problema simples de resolver”, comenta um dos gerentes da Sul Service, Ivan Matos.