Quarenta e nove por cento dos trabalhadores informais não sabem o que fazer para regularizar o próprio negócio. É o que revela pesquisa encomendada pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em todas as capitais. “Na maior parte dos casos, o custo inicial para ter negócio registrado é praticamente zero e o trabalhador pode iniciar o cadastro pela internet. Ou seja, existe desconhecimento, apesar das excelentes ferramentas oferecidas pelo governo”, avalia o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior.
Segundo o estudo, 46% dos trabalhadores ilegais nunca ouviu falar, por exemplo, sobre o Microempreendedor Individual (46%), a modalidade facilitada de formalização para a pessoa que fatura até R$ 5 mil por mês e quer se legalizar como pequeno empresário, que é o perfil de 97% dos comerciantes e prestadores de serviço entrevistados. As principais razões para se manterem na ilegalidade são o alto custo e a burocracia para abrir negócio formal.
Investimentos
A pesquisa revela que três em cada cinco (61%) trabalhadores informais pretendem investir no próprio negócio neste ano. No entanto, 75% afirma que para isso vai ter que colocar a mão no próprio bolso.
Na clandestinidade, o trabalhador não consegue crédito em instituições financeiras e perde a oportunidade de ampliar o negócio. Informais deixam de ter acesso a benefícios como direito à aposentadoria, auxílio maternidade, emissão de nota fiscal ou possibilidade de ter funcionário registrado.
