As más condições das pistas da BR-116, entre os viadutos das avenidas Marechal Floriano Peixoto e das Torres, em Curitiba, vêm incomodando motoristas que passam com freqüência pelo local. Pneus furados, veículos danificados, trânsito lento e muitos sustos são os resultados de uma série de buracos e das más condições dos acostamentos.
“As pistas estão horríveis”, comenta o microempresário Nelson de Araújo. “Há pouco tempo, caí em um buraco e gastei R$ 460 para consertar a suspensão de uma das rodas dianteiras do carro.” Ele conta que, há poucos dias, socorreu um amigo que perdeu a direção de seu veículo e foi parar em cima de um canteiro. “É uma vergonha, deveriam fazer uma recapagem urgente no local”, sugere.
O empresário Tadeu Bosch já enfrentou problemas parecidos. Ele diz que já perdeu a conta do número de pneus furados, das vezes em que quase se acidentou e chegou atrasado no serviço devido ao trânsito lento. “Uma vez, cheguei 1h40 atrasado”, lembra. “Utilizo a BR -116 todos os dias e acho que a situação está feia. A todo momento temos que arriscar a vida.”
Quem dirige veículos pesados também enfrenta dificuldades. O motorista de caminhão Amarildo Dalla Costa revela que é muito difícil controlar o veículo na estrada esburacada e que várias vezes quase se envolveu em acidentes. “Dá medo andar entre os viadutos”, comenta. Para não estragar o veículo, que é seu meio de trabalho, Amarildo opta em andar lentamente, o que, segundo ele, muitas vezes atrasa o serviço e deixa o trânsito ainda mais vagaroso.
Denit
O Departamento Nacional de Infra-Estrutura dos Transportes (Denit) informa que não existem projetos de restauração para o local. No momento, está sendo aguardada a liberação de R$ 120 mil, para manutenções de emergência. O Denit prevê que os problemas serão minimizados com a abertura do Contorno Leste, prevista para o início de dezembro, quando o movimento no trecho urbano da BR-116 deve ser reduzido em até 50%.