Briga na licitação dos radares em Londrina

A quarta tentativa para licitação de locação de radares em Londrina, região norte do Estado, deve acontecer no próximo dia 3 de outubro, quando as propostas das empresas serão recebidas pela prefeitura do município.

A previsão é de que 15 radares sejam alugados, mas a opção é contestada pelo Conselho Municipal de Trânsito, para quem a compra dos equipamentos seria mais vantajosa. Nesta semana, o conselho deve entrar com representação no Ministério Público do Paraná (MP-PR) para tentar barrar o processo licitatório.

“O conselho não é contra a instalação dos radares, mas sim contra a forma com que vão ser implantados. O controle e a operação dos radares teriam que ser feitos pela prefeitura e, como está na licitação, serão feitos pela empresa, que só vai entregar os dados para a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU)”, afirmou o presidente do Conselho de Trânsito, Thiago Rabello.

Receber as propostas próximo das eleições de outubro também é criticada por Rabello. “É uma afronta à lei de responsabilidade fiscal, pois a licitação não poderia ser feita nesse período eleitoral para a próxima gestão pagar”, acusou.

Para o diretor de trânsito da CMTU, Álvaro Grotti, o entendimento do conselho é equivocado. “Tanto equipamentos quanto softwares dos radares evoluem muito rápido e a compra inviabilizaria a sua troca para acompanhar a modernização do setor”, explicou.

Dificuldades para conseguir seguro para os equipamentos também é apontado por Grotti como argumento pela escolha da locação. “Os equipamentos ficam expostos a sol, chuva, raios e todo tipo de intempéries. Nenhuma seguradora faz seguro desses equipamentos. Com a locação, em caso de defeito no equipamento, a empresa é obrigada a trocar o radar em 24 horas”, respondeu.

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