Brasil ainda tem muito para evoluir na pesquisa médica

A pesquisa e o desenvolvimento de técnicas e conceitos médicos foi o tema da palestra do pesquisador e professor da Universidade de São Paulo (USP), Irineu Tadeu Velasco, durante o 4º Congresso Brasileiro de Medicina de Emergência, que ocorre até sábado (24), em Curitiba. “Todo país que se desenvolveu foi com base em inovação”, afirmou o professor.

De acordo com Velasco, o Brasil precisa investir em pesquisa para não ser dependente dos países do primeiro mundo. “As pesquisas na área médica já supereram a da física, em nosso país, e a Universidade de São Paulo (USP) está encabeçando esse processo”, contou.

Porém, o Brasil ainda caminha timidamente nessa área. Segundo Velasco, comparando o nível da USP em um estudo realizado nos Estados Unidos, onde foram relacionadas as 100 melhores universidades daquele país em termos de pesquisa, a universidade brasileira não passaria da 60ª posição.

Patentes

Velasco explicou o por que da USP ter se destacado no setor de pesquisas, demonstrando alguns exemplos de patentes que foram e estão sendo criadas na Universidade. “Eu mesmo, na década de 70, inventei uma solução hipertônica que é usada mundo afora”, destacou.

O pesquisador falou também de importantes descobertas que estão ocorrendo, neste momento, como, por exemplo, com uma célula de uma planta, que tem funções desfibriladoras. “Imagine alguém que teve um infarto poder tomar uma pílula que evita a morte súbita”, adiantou. Ele contou ainda sobre uma técnica de ventilação, desenvolvida por um grupo de pesquisadores da universidade, que está começando a ser usada em diversos países. Irineu Velasco tem vários livros publicados sobre a medicina de emergência e UTIs, inclusive o título mais vendido, na área, no Brasil.

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