Estradas

BR-277: área de escape na Serra do Mar está em estudo

O trecho da BR-277, na ligação de Curitiba a Paranaguá, na altura da Serra do Mar, pode ganhar uma área de escape para auxiliar a parada de caminhões com freios comprometidos. O estudo foi apresentado pela concessionária Ecovia em junho do ano passado e está em avaliação pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR). A empresa pretende entregar em agosto a nova etapa do levantamento, mas não há previsão de quando a estrutura seria colocada nem de quanto custaria, já que ainda não há projeto técnico. A construção de uma área de escape não está prevista no contrato de concessão – e, então, a concessionária não é obrigada a fazer a obra.

Três pontos da Serra do Mar, entre os km 36 e 40 da BR-277, estão sendo analisados para a colocação da área de escape – portanto a mais de três quilômetros de distância do ponto em que aconteceu um acidente com um caminhão carregado de álcool no domingo (3), matando seis pessoas. Segundo a polícia, o motorista informou que a falta de freio foi informada pelo painel do veículo e que, mesmo assim, ele continuou descendo a serra por pelo mais dois quilômetros.

Um outro acidente, em 2007, com sete vítimas carbonizadas, motivou o primeiro estudo sobre a possibilidade de instalação de uma área de escape. Desde então, o projeto transita entre o DER-PR e a concessionária, com mais pedidos de informação. Razões técnicas devem ser consideradas para decidir se há necessidade de instalação da estrutura e em qual local seria adequada. É preciso ter um espaço ao lado da rodovia que comporte uma linha reta capaz de servir de ponto de fuga. Além disso, a área é colocada quando problemas de traçado, como curvas muito fechadas, colocam em risco os usuários da via.

A descida da serra tem histórico de acidentes graves, como mostrou outra reportagem da Gazeta do Povo. De acordo com levantamento da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o trecho de 19 quilômetros na descida da Serra registrou, nos últimos cinco anos, de seis a oito mortes por ano. Muitas colisões envolvendo caminhões foram provocadas pelo superaquecimento do sistema de freio – que ficou comprometido ao ser acionado frequentemente por veículos pesados descendo em velocidade incompatível com as condições do trecho.

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