A interdição da BR-153 (Rodovia Transbrasiliana), entre Ibaiti e Santo Antônio da Platina, completa hoje quatro dias. A iniciativa foi dos 28 prefeitos da Associação dos Municípios do Norte Pioneiro. Eles reclamam que o trecho de 56 km está intransitável devido aos buracos, provocando inúmeros acidentes, prejuízos para os usuários e para as cidades da região. Segundo o prefeito de Santo Antonio da Plantina, Flávio Luíz Maiorki, a rodovia atende 5 mil usuários diariamente.
Para fechar a estrada foram usados dezesseis caminhões de terra. O amontoado chega a atingir dois metros de altura. Os caminhoneiros estão desviando pela PR-435, PR-439 e PR-090. Segundo Maiorki, eles querem que o trecho seja estadualizado, igual ao que ocorreu com outro segmento da BR-153 (que começa na BR-369 e vai até Santo Antônio da Platina) que está sendo administrado pela Concessionária Eco-Norte. Mas até agora não receberam resposta.
Maiorki fala que em março de 2001 o então ministro dos Transportes Elizeu Padilha esteve no local e prometeu que até julho daquele ano o trecho já estaria licitado. “A gente como político precisa fazer alguma coisa para resolver a situação. Já que há dois anos estamos nesta luta”, explica Flávio.
O prefeito fala ainda que na via não existe a possibilidade de trafegar a mais de 20 km/h. “É um buraco seguido de do outro. Tem até alguns de 80 cm. À noite, fica impossível passar”, comenta. O perigo de acidentes também é freqüente. “Você pode ir a qualquer hora do dia que vê carros e caminhões quebrados”, afirma.
Cerca de dez municípios dependem diretamente da estrada e a economia destes lugares já está sendo afetada.
