O Batalhão de Trânsito de Curitiba (BPTran) detectou uma pequena redução na quantidade de acidentes envolvendo motocicletas no município. Houve queda de 1,7% na comparação de 2011 com 2010. No ano passado, o BPTran registrou 3.271 acidentes com motos, contra 3.328 ocorrências no ano anterior.
Além disso, houve queda de 23,7% no número de mortes de motociclistas no local do acidente. Em 2011, foram 29 óbitos; em 2010, 38. O BPTran também verificou uma leve diminuição na quantidade de motociclistas feridos por causa dos acidentes: 2.490 em 2011, contra 2.508 em 2010. Os bairros com a maior incidência de acidentes envolvendo motocicletas são: Centro, Cidade Industrial de Curitiba e Boqueirão. “Apesar destas reduções, existe uma preocupação, pois os números ainda são muito altos”, considera o tenente Ismael Veiga, chefe do departamento de comunicação social do BPTran.
Para ele, o aumento considerável na frota de motos e a consciência dos motociclistas sobre o papel que possuem no trânsito são fatores essenciais para a quantidade de ocorrências. “Tudo vai da consciência do motociclista. A moto por si só permite uma tendência para andar em mais velocidade ou fazer manobras mais bruscas, como ficar no corredor ou fazer zig-zag. São condutas que facilitam os acidentes”, explica Veiga.
O BPTran tem realizado uma série de operações para a fiscalização e orientação especificamente para os motociclistas. Em 2011, foram 300 ações como esta, resultando em 2 mil motos encaminhadas para o pátio do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran/PR). A partir deste mês, o BPTran e concessionárias que vendem motos vão promover uma espécie de blitz educativa nas ruas da capital. De acordo com o Detran/PR, em Curitiba circulam 115.631 motos – dados de fevereiro deste ano. Eram 110.909 em fevereiro do ano passado.
BPTran dá dicas pra motociclistas evitarem acidentes
Para evitar acidentes, os motociclistas devem andar na velocidade permitida na via, utilizar todos os equipamentos de segurança obrigatórios (e que sejam de qualidade) e fazer a inspeção na moto com frequência. Outra dica dada pelo tenente Ismael Veiga, chefe do departamento de comunicação social do BPTran, é usar os dois freios da moto.
Quando o motociclista aciona apenas o freio da frente, todo o peso se desloca e pode provocar a queda. “Quando chove, também é prudente esperar alguns minutos, até para a chuva lavar a pista e levar embora os resíduos de óleo e borracha que ficam nas ruas”, aconselha.
O BPTran ainda orienta o motociclista a andar sempre com o farol ligado, mesmo durante o dia, e manifestar toda a intenção no trânsito. “Fazendo zig-zag ou ficando nos corredores, o motociclista não é visto pelos outros. E os condutores dos outros veículos também devem ter a consciência de que o motociclista é o mais sensível naquele momento no trânsito”, observa Veiga.
A moto deve estar na faixa, como qualquer outro veículo, mantendo distância na frente, atrás e dos lados em relação aos outros ocupantes da via. “É meio psicológico. O veículo tende a se sobrepor em relação à motocicleta pelo tamanho. Muitos condutores de automóveis não respeitam esta condição especial do motociclista”, comenta o tenente do BPTran.
