A Policia Militar do Paraná (PMPR) assume controle e fiscalização do trânsito na capital. A medida foi tomada após a justiça determinar que a Diretoria de Trânsito (Diretran) não pode mais multar os condutores infratores.
A Prefeitura de Curitiba calcula que a medida tomada pela justiça tenha aumentado em 15% a velocidade média dos carros. Além de inúmeras agressões físicas e verbais dirigidas aos agentes que ainda fiscalizam o trânsito.
Para impedir o aumento das infrações cometidas na região central da cidade, e orientar o trânsito, policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) farão a partir de hoje (17) uma fiscalização mais intensa do trânsito.
A fiscalização antes era realizada por 400 agentes de fiscalização e orientação de trânsito da Diretran, a partir de agora esta será realizada por apenas dez policiais. “Hoje toda a PM está preparada para multar, até os bombeiros podem emitir uma multa”, alerta Omar Bail, capitão do BPTRan.
Os policiais do BPTran irão coibir, principalmente o estacionamento irregular, a formação de filas duplas, além é claro de fiscalizar qualquer outra situação de trânsito.
A fiscalização, segundo Bail, será mais intensa no anel central da cidade. “Não vamos esquecer os bairros. Porém, vamos agir onde há um maior número de infrações sendo cometidas”, revela.
A escolha da região central, segundo informações da PM, se deve, pois a mesma concentra o maior fluxo de veículos ao longo do dia. “A intenção é reforçar o policiamento, para manter a ordem no trânsito”, comenta Bail.
Apesar de o BPTran reassumir a fiscalização e orientação do trânsito não serão realizados novas Blitz. “Em média o BPTran realiza cinco Blitz por dia. Somente a minha companhia faz duas”, afirma Bail.
Após o lançamento oficial da operação, policiais do BPTran passaram a fiscalizar o trânsito na Praça Rui Barbosa. Em uma contagem extra-oficial, foram notificados 15 condutores em menos de dez minutos.
“A maioria das infrações cometidas é o bloqueio de cruzamento. O motorista que não está usando cinto, ou falando ao celular, vê a fiscalização de longe e evita o pior”, comenta Alexandre Teodoro, um dos policiais responsáveis pela fiscalização.