Equipes de busca do Corpo de Bombeiros procuram, desde a manhã de ontem, pela montanhista Denise Ciunek, que desapareceu no último dia 19, no Caminho do Itupava, entre o município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, e Porto de Cima, em Morretes, no litoral do Estado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as equipes, que trabalham desde às 6h30 de ontem, localizaram um boné, provavelmente de Denise, em meio à trilha. Segundo o Corpo de Bombeiros, 34 homens se dividiram em dois grupos durante as buscas.
Uma guarnição do Grupo Ostensivo de Socorro Tático usou dois cães farejadores na tentativa de localizar a montanhista de 38 anos. Durante a tarde, mergulhadores do 2.º Grupamento de Bombeiros vasculharam a represa que fica ao lado da Casa do Ipiranga. Hoje, o efetivo de resgate deve ganhar o reforço de 16 bombeiros do litoral.
De acordo com o major Edmilson de Barros, as equipes deliberaram uma busca dentro da mata num entorno de 100 metros para cada lado da trilha. “Temos a informação de que a Denise é uma montanhista experiente. Como a trilha é bem sinalizada, não podemos descartar nenhuma hipótese”, afirma.
Barros revela que a família da montanhista notificou o desaparecimento somente às 18h no dia 26. O major explica que, como Denise mora sozinha, a família não tinha notado a falta dela.
“Temos a certeza de que ela entrou na trilha por causa do cadastro que ela preencheu junto ao IAP (Instituto Ambiental do Paraná) no dia 19. O boné também é um indício e por isso destacamos equipes para fazer a busca”, disse.
Conforme declarado pela própria montanhista no cadastro do IAP, ela estaria levando água, comida e uma barraca para um eventual problema, porém não pretendia passar a noite no local.
Inaugurado em 1650, o Caminho do Itupava foi por quase três séculos a principal ligação entre a capital e o litoral do Estado. Mesmo considerado seguro pelo Corpo de Bombeiros, o Caminho do Itupava acumula um histórico de acontecimentos ainda não explicados. Em 2008, um jovem de 23 foi encontrado morto no local.
Para quem pretende passear pelo Caminho, a primeira orientação do Corpo de Bombeiros é preencher o cadastro junto ao IAP. “Isso facilita um eventual trabalho de busca. É importante também que, antes de se aventurar, o montanhista, principalmente os de primeira viagem, comuniquem seus familiares ou amigos que estarão no local em determinado dia”, afirma o major Edmilson de Barros. O bombeiro também orienta os aventureiros a não saírem da trilha durante as quase oito horas de caminhada do percurso e procurarem não caminhar sozinhos.