O policial bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de ter matado o tesoureiro do PT Marcelo Arruda durante a festa de aniversário dele, ficará preso em casa, com tornozeleira eletrônica. O juiz Gustavo Germano Francisco Arguello atendeu ao pedido da defesa do policial diante dos cuidados médicos que são necessários a Guaranho. Além disso, o juiz relatou que o sistema penal não é seguro para abrigar o acusado, que trabalhava como policial penal.
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A ideia inicial do magistrado era que Guaranho fosse transferido para o Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Contudo, a penitenciária informou não ter estrutura para receber o policial. Diante disso, o juiz determinou a prisão domiciliar, “sem desprezar a prova da existência do crime e indícios suficientes de autoria e, sequer, a gravidade do suposto delito pelo qual o requerente está sendo processado”.
O magistrado criticou o Estado pela demora em responder o pedido, e tecnicamente foi omisso em não ter condições de abrigar Guaranho. “Não bastasse a absurda situação de se constatar a total incapacidade técnica do Estado em cumprir a ordem judicial que decretou a prisão preventiva do réu, tem-se a inacreditável omissão em comunicar tempestivamente a sua inaptidão. Criou-se, com tal demora, uma situação teratológica que estarrece: o réu encontra-se em alta hospitalar (aparentemente desde o início da tarde deste dia), todavia, não está inserido em nenhuma unidade prisional”, destacou o juiz.
O juiz determinou que Guaranho venha a ser monitorado por tornozeleira eletrônica e que só poderá sair de casa em caso de necessidade médico-hospitalar. Ainda no despacho, Arguello pede que o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) seja notificado a pedir uma vaga para Guaranho no sistema prisional federal, podendo ser em outro Estado.