Conforme dados da Secretária Municipal de Obras Públicas (Smop) de Curitiba, são feitos mensalmente cerca de 180 atendimentos relativos a bueiros na capital. Esse atendimento se refere a entupimento, nivelamento, roubo de tampa, etc.
Um deles, na Rua Francisco dos Santos, bairro do Guabirotuba, está gerando preocupação aos moradores próximos. A rua é cortada pela Avenida das Torres e o movimento de veículos é intenso. O problema é que o bueiro está muito abaixo do nível do asfalto. O comerciante Élcio Eggers, que mora há 10 anos na casa em frente à problemática boca-de-lobo, contou que ciclistas e motociclistas sofrem pequenos acidentes freqüentemente.
Eggers disse que o buraco de escape d?água está vinte centímetros abaixo do nível da rua. Assim, ciclistas desatentos acabam caindo no buraco e se machucando. “Há um mês, um rapaz veio em alta velocidade, tropicou no buraco e acabou batendo num poste que fica uns vinte metros para frente. Felizmente não aconteceu nada de grave”, contou, lembrando que já fez duas reclamações à Prefeitura de Curitiba, mas nada aconteceu.
O comerciante explicou que normalmente os motoristas jogam motos e bicicletas para o lado da pista, justamente onde está o bueiro. “Será que só vão fazer algo quando acontecer um acidente grave?”, reclamou, afirmando que muitas vezes a boca-de-lobo também entope e as águas da chuvas acabam entrando dentro da casa dele.
O dobro
A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Curitiba informou que a Regional Cajuru fez um vistoria no local e constatou que o bueiro está 15 centímetros mais baixo do que o asfalto. A medida ideal é entre 7 e 8 centímetros, justamente a metade que tem o bueiro do Guabirotuba. O problema foi colocado na programação de obras da regional, mas não tem data prevista para sua realização.
O número mínimo de bueiros exigidos para conter a vazão das chuvas na capital é de dois a cada 35 metros de rua pavimentada. A cidade tem cerca de 3.500 quilômetros de ruas pavimentadas.
