Bingos: PGE entra com agravo regimental no TJ

A Procuradoria Geral do Estado (PGE) entrou com um agravo regimental junto no Tribunal de Justiça (TJ), na última terça-feira, pedindo a revogação da sentença concedida pela 3.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba à empresa Brasmatic, que garante o funcionamento de máquinas de videoloteria no Estado. Conforme a chefe de gabinete da PGE, Luciane Camargo Kujo Monteiro, a intenção da procuradoria é fazer com que os decretos do governador Roberto Requião (PMDB), que proíbem as salas de bingo e as máquinas de videoloteria, sejam cumpridos na íntegra.

Ontem mais uma vez as salas de bingo permaneceram fechadas, apenas em algumas casas as máquinas de videoloteria da Brasmatic funcionaram.

Conforme o promotor Luiz Fernando Delazari, da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), os decretos de Requião e a lei federal que proíbe o jogo de bingo no Brasil serão cumpridas. Ele não descartou a possibilidade de que sejam feitas diligências para fechar os bingos após uma decisão judicial favorável.

O Órgão Especial do TJ poderá julgar hoje o agravo regimental proposto pelo Sindicato das Empresas Administradoras de Bingos do Paraná (Sindibingo) tentando derrubar os decretos do governador. Até o começo da noite de ontem, o advogado dos bingos, Luiz Fernando Pereira, não tinha a confirmação se o caso estava na pauta de hoje.

Cid Campêlo

A 8.ª Vara Criminal de Curitiba agendou para o dia 23 de maio a audiência interrogatória do ex-secretário José Cid Campêlo Filho, acusado dos crimes de prevaricação e falsidade ideológica por supostamente possuir duas casas bingo e editar resolução favorável à legalização da modalidade jogo. Os co-réus na ação penal, Antônio Adelar Caramori, Marcelo Augusto Caramori e Eduardo Antônio Caramori também serão chamados a depor.

Na tarde de ontem, Campêlo voltou a negar qualquer envolvimento com as casas de bingo. Ele afirmou que tudo isso já havia sido explicado em seu depoimento ao Ministério Público. Campêlo afirmou que, por conhecer Adelar, acabou pedindo emprego para dois de seus primos: Luiz Geraldo Castro Campêlo e Cid Campêlo Neto.

Quanto às gravações telefônicas, o ex-secretário afirmou que está estudando a legalidade do “grampo” em seu celular. “Em nenhuma das conversas eu falei que era dono de bingo. A gravação da secretária eletrônica é outra coisa. Qualquer um pode pegar o meu número ou de outra pessoa e deixar um recado falando em venda de maconha, por exemplo, e nem por isso o dono do aparelho será culpado por tráfico”, destacou.

Hoje, Campêlo entrará com uma ação de perdas e danos conta o promotor Delazari. (Lawrence Manoel)

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