A Biblioteca Pública do Paraná (BPPR) está em campanha para conseguir de volta os 17 mil livros que foram emprestados e nunca devolvidos. Basta restituir o título e pagar a multa com outro livro. Para muitos usuários, a proposta é vantajosa. Há pessoas que devem mais de R$ 1 mil. A campanha vai até as 13h de sábado.
A chefe da Divisão de Obras Gerais, Sizuko Takemiya, explica que a campanha está sendo lançada para tentar resgatar o acervo da biblioteca. Hoje a instituição tem cerca de 420 mil livros, mas o número poderia ser maior se todos os exemplares fossem devolvidos. Cerca de 10 mil usuários estão em débito com a instituição e, a cada dia de atraso, a dívida cresce. São cobrados R$ 0,20 diariamente por cada livro não devolvido.
Segundo Sizuko, a instituição tenta reaver as obras, mas muitas vezes não consegue encontrar o leitor porque o telefone ou o endereço mudou. Com o passar dos dias, meses e anos, a dívida de alguns chega a assustar. Tem gente que deve mais de R$ 1 mil. Para eles, essa é uma ótima oportunidade de resolver a situação com a biblioteca.
Para saldar a dívida basta devolver o material emprestado e doar outro livro. No entanto, a instituição não está aceitando qualquer exemplar. Até sábado, autores paranaenses vão estar autografando seus livros na biblioteca, e os usuários poderão comprar um para fazer a doação. Outra solução é consultar a lista de livros que a instituição tem interesse em adquirir.
É a primeira campanha desse tipo que a biblioteca realiza desde que foi informatizada, em 1994, aumentando o controle sobre os empréstimos. Sizuko reforça que os 17 mil livros, entre literatura e técnicos, estão fazendo falta. Por mês, quatro mil novos cadastros são efetuados e diariamente entre 1,5 e dois mil livros são emprestados. "As pessoas precisam devolver o material para que possa ser usado por outras pessoas. Queremos também que esses usuários voltem a freqüentar a biblioteca", fala.
Além disso, essa pode ser a última oportunidade para que os leitores normalizem a situação. Por enquanto, não há previsão de outras medidas como essa. Ela foi adotada neste final de ano porque o programa que controla os empréstimos está sendo atualizado.
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