O Centro Universitário Positivo (UnicenP) inaugurou ontem sua nova biblioteca, que reúne um acervo com mais de 8 mil livros, além de condecorações e medalhas, do professor, economista e diplomata Roberto Campos. Com 6.300 metros quadrados, a biblioteca recebeu investimentos de aproximadamente R$ 10 milhões, e terá capacidade para atender 864 usuários sentados em 22 salas de estudo.
Além de disponibilizar acervo próprio, a biblioteca é uma das 61 conveniadas à rede Bibliodata Calco, coordenada pela Fundação Getúlio Vargas, que disponibiliza 2,65 milhões de títulos para empréstimos às instituições integradas ao sistema. Os usuários também terão acesso a 612 periódicos, além de contar com o serviço do Catálogo Coletivo Nacional (CCN), que encaminha cópias de textos publicados em periódicos diversos, caso não seja possível encontrá-los no local.
No local também estão instalados 96 microcomputadores ligados à internet, além de salas de vídeo e DVD, quarenta cabines de estudos individual, 198 mesas de leitura, elevador panorâmico, espaço para lançamento de livros e exposições e sala de chá. A biblioteca ficará aberta de segunda à sexta-feira das 7h às 22h45, e nos sábados das 8h às 17h, com isso torna o espaço universitário, comparado com outras instituições superiores do País, com maior tempo de funcionamento. Os empréstimos serão permitidos para alunos, professores e funcionários, e somente para consulta para a comunidade externa.
Sala Roberto Campos
Um dos principais destaques da biblioteca é a Sala Roberto Campos, que reúne o acervo do renomado professor, falecido em outubro de 2001 com 84 anos. Entre as peças ? além dos mais de 8 mil livros ?, estão objetos como as condecorações que recebeu da rainha da Inglaterra, Elizabeth II, do ex-presidente americano Bill Clinton na comemoração dos 50 anos da criação do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 1994, e diploma da sua nomeação de cônsul do Brasil em Los Angeles, em 1954.
O filho do intelectual, Roberto Campos Júnior, disse que o Unicenp disputou com outras oito organizações a aquisição do acervo. Júnior disse que o critério para a escolha não foi financeiro. Segundo ele, a família Campos definiu como regras para a escolha que o acervo estivesse ligado a uma instituição de ensino, que o material servisse apenas para consulta, e que se algum dia o acervo fosse vendido o dinheiro deverá ser revertido para bolsa de estudos de pessoas carentes.
Membro da Academia Brasileira de Letras, Roberto Campos foi um dos maiores defensores da educação como solução para os problemas do Brasil e do mundo. Isso ele expressou nos mais de trinta livros que editou com coletâneas de textos. O reitor da universidade, Oriovisto Guimarães destacou que os pensamentos defendidos por Campos são a filosofia de ensino da instituição, e por isso o grande interesse de adquirir o acervo.
