O governador Beto Richa deu a entender que a operação Iguaçu-Água Grande, da Polícia Federal (PF), deflagrada na última quinta-feira sobre a poluição no Rio Iguaçu tem motivos eleitoreiros.

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Um comunicado emitido pela Sanepar ontem já indicava a estranheza sobre a operação ser realizada a duas semanas das eleições municipais. E o governador do Estado reforçou esta tese e ainda criticou a ação da PF.

O delegado Rubens Lipes da Silva chamou a Sanepar de “empresa de fachada” e classificou a companhia como a maior poluidora do Rio Iguaçu pelo despejo nas águas de esgoto não tratado.

Richa foi questionado na manhã desta sexta-feira pela imprensa se o diretor-presidente da Sanepar, Fernando Ghighone, seria um dos atingidos pela ação policial. Ele está licenciado do cargo desde o mês passado e trabalha na campanha eleitoral de Luciano Ducci à Prefeitura de Curitiba.

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“Da forma como se deu, tudo é possível. O próprio delegado da Polícia Federal diz que as investigações ainda não estão concluídas. Acho completamente desnecessária a invasão da Sanepar com policiais que vieram de várias partes do Brasil, fortemente armados. Ora, temos tanto problemas de criminalidade, de tráfico de drogas, no momento que a Polícia Federal está em greve. Por que não vão ajudar no policiamento das fronteiras do Estado do Paraná, onde entram armamento pesado e drogas?”, afirmou Richa.

O governador ainda disse que os sete mil funcionários da Sanepar estão indignados com o que está acontecendo e que a companhia é reconhecida nacionalmente por sua eficiência e qualidade.

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