Entidades que representam os bares e casas noturnas no Paraná vão entrar hoje na Justiça para que a proibição da venda de bebidas alcoólicas, a chamada lei seca, não vigore no Paraná no final de semana. A alegação das entidades é que a decisão de adotar a proibição é facultativa e no Paraná isso vai gerar prejuízos para o setor, afetando principalmente festas e eventos previamente programados. A Secretaria de Estado da Segurança Pública baixou uma resolução que proíbe a venda de bebida alcoólica da meia-noite de sábado até a meia-noite de domingo.
De acordo com decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no dia da votação do referendo, a lei seca só será decretada nas cidades onde haja risco de perturbação à ordem pública. A determinação ou não da medida caberá às secretarias de Segurança dos estados.
Esperneio
Para o diretor da Associação dos Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo, a decisão do Paraná é desnecessária e afetará também outros setores, como fornecedores e supermercadistas. Ele comentou que o Paraná poderia ser mais flexível nos horários, citando como exemplo outros estados. ?Em Santa Catarina, onde acontece a Oktoberfest, não haverá lei seca, assim como em São Paulo e Distrito Federal. Já em Pernambuco e Minas Gerais a proibição começará a partir das 4h. Aqui nós poderíamos aplicar a proibição entre 4h e 18h?, falou, acrescendo que ?isso não será uma eleição, só uma consulta popular?.
Aguayo confirmou que encaminhou um ofício à secretaria, pedindo a abolição da medida, mas não teve retorno. A assessoria de imprensa da secretaria informou que o órgão não vai voltar atrás.