“Passou de diária pra semanal a visita dos assaltantes. O último arrombamento foi na semana passada em um escritório de advocacia, na sobreloja. Sabe Deus como eles conseguiram subir lá”, conta Aparecida Rodrigues Pamplona, proprietária da floricultura Denfalem, que funciona há 14 anos no centro comercial. Ela já sofreu quatro assaltos à mão armada. Pra proteger a clientela, a solução encontrada por ela e vários comerciantes é contratar serviços de alarme monitorado. “Nas datas de maior movimento também contrato segurança particular que cobra por hora, mas é o jeito porque policiamento mesmo, só em época de campanha”, reclama.
Medo
A convivência com tantos assaltos e arrombamentos ficou tão comum que muitos comerciantes nem registram boletim de ocorrência, o que acaba impedindo que a polícia dedique mais atenção à rua. Outros deixam de avisar a polícia com medo de perder a clientela ou pra facilitar a venda do ponto. É o caso de uma loja de roupas femininas localizada a algumas quadras do Cantu. Em abril, os bandidos abriram um buraco na parede e levaram toda a mercadoria. Ao invés de reivindicar mais segurança, a dona da loja decidiu vender o ponto.
O torneiro Ronaldo Roger concorda que não há patrulhamento suficiente, especialmente à noite. A saída de estudantes de uma escola para aprendizagem de jovens e adultos é acompanhada pelo medo. “Eu mesmo já fui assaltado”, revela.